A ERA Portugal divulgou os resultados da operação até junho e assume que, no segundo trimestre, atingiu números recorde. Em comunicado, a consultora liderada por Rui Torgal realça que a faturação dos meses de abril, maio e junho “ronda os 25 milhões de euros, o que representa o melhor trimestre de sempre da ERA em Portugal a nível deste indicador”.
Na mesma nota a imobiliária sublinha que maio foi “o melhor mês de 26 anos de história da ERA em Portugal, registando uma faturação de aproximadamente nove milhões de euros”. E destaca que este junho foi o melhor até à data, com cerca de 8,6 milhões de euros faturados, contrariando a habitual quebra de negócio verificada no início do verão.
Nos primeiros seis meses do ano a ERA faturou cerca de 46 milhões de euros, mais 9% face ao primeiro semestre do ano passado e mais 10% em relação ao período homólogo.
Citado no comunicado, o CEO da ERA Portugal, Rui Torgal, salienta que quando desenhou as perspetivas para 2024 “antecipei um crescimento a dois dígitos. Talvez por virmos de um contexto menos favorável, muitos acharam pouco realista ou, pelo menos, demasiado ambicioso da minha parte, mas, como se constata por estes números, as previsões estavam corretas”. Rui Torgal sublinha ainda que “apesar de ainda estarmos apenas no final do primeiro semestre, os recordes atingidos deixam antever um crescimento significativo para este ano”, considera Rui Torgal.
Na mesma nota pode ler-se que os negócios reportados na rede ERA foram 5.736 no até junho, mais 5,2% face ao período homólogo. No segundo trimestre, o total de negócios reportados foi 2.983, mas 8,4% em relação aos primeiros três meses do ano e mais 7,5% face ao mesmo período em 2023.
No que se refere aos clientes, a empresa refere que 78% dos compradores da ERA no primeiro semestre são portugueses, um dado que “acentua o domínio dos cidadãos nacionais face ao período homólogo em 2023, no qual representavam 73% do total”. O ranking de países de origem dos clientes compradores em Portugal “manteve-se estável no primeiro semestre, com Índia e Ucrânia a intrometerem-se no Top10”.
Sobre o mercado, a ERA refere que regista uma queda nas angariações e no número de clientes vendedores, o que agrava a pouca oferta disponível em Portugal.
O número de angariações do primeiro semestre subiu 15% face ao período anterior, mas caiu 9% face ao período homólogo. “O 2º trimestre foi particularmente desafiante do lado da oferta, com uma descida de 3% na comparação com o trimestre anterior e menos 4% face ao período homólogo. Quase todos os meses ficaram abaixo do período homólogo, com exceção de abril de 2024”, detalha a consultora imobiliária.
Sobre este desempenho, o CEO da ERA Portugal afirmas que “como podemos ver por estes dados, a oferta é menor a cada trimestre que passa e, tal como tenho vindo a dizer, este é um cenário alarmante para os portugueses. Por muito que as medidas apresentadas pelo novo Governo sejam, em geral, uma boa noticia para o setor, o elevado tempo de implementação das mesmas irá conduzir a uma constante redução do stock que, consequentemente, fará aumentar o preço médio dos imóveis”. Para Rui Torgal, “é cada vez mais urgente criarem-se soluções rápidas para esta crise, que acaba por ter um impacto direto e cada vez mais nefasto em toda a economia do país”.