Ao mesmo tempo, os principais motores de procura que colocaram esta indústria em destaque – inteligência artificial, computação de elevado desempenho, redes 5G, mobilidade elétrica e saúde conectada – intensificaram-se, expandindo o impacto dos semicondutores em praticamente todos os aspetos da vida moderna.
Esta evolução tecnológica ocorre num contexto de crescente destaque sobre temas com foco na sustentabilidade. Os semicondutores são essenciais para a economia digital e para a atual explosão de investimento em IA. Mas o seu papel central vem acompanhado de maior escrutínio sobre o consumo energético e a pegada ambiental da indústria. Embora o design e a eficiência energética dos chips produzidos estejam, em grande parte, fora do controlo direto dos maiores fabricantes de semicondutores mundiais, a produção destes componentes complexos é intensiva em recursos, exigindo grandes quantidades de energia e água.
Por exemplo, como principal fabricante mundial de semicondutores, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) está constantemente sob observação. A TSMC integra um programa de diálogo estratégico com 200 empresas, que visa garantir que empresas de maior impacto ambiental implementem planos credíveis de transição alinhados com os objetivos do Acordo de Paris. Atualmente, é considerado um dos maiores consumidores de eletricidade em Taiwan, representando cerca de 8% do consumo total do país e mais de metade da compra de energia verde. A gestão da água é outro desafio relevante, dado que Taiwan enfrenta frequentemente períodos de seca.
A liderança da TSMC apresentou o seu plano de transição para energias renováveis, definindo metas ambiciosas: 60% de energia renovável até 2030 e 100% até 2040, contra cerca de 16% atualmente. A empresa afirmou confiança no cumprimento destes objetivos, sublinhando que o crescimento da energia renovável deverá acelerar nos próximos anos e que trabalha em conjunto com o governo para garantir oferta suficiente sem prejudicar pequenas e médias empresas.
Este tipo de projetos demonstra compromisso em abordar as questões ESG, mantendo metas ambiciosas para energia renovável, apesar dos desafios do mercado energético. Acreditamos que uma estratégia de envolvimento da cadeia de fornecedores comprometidos com objetivos ambiciosos de energia renovável é muito promissora.
O papel dos gestores de ativos é acompanhar e monitorizar o progresso face aos compromissos assumidos, especialmente no apoio aos fornecedores e na transição para energias renováveis, incentivando maior transparência.





