O presidente dos CTT disse hoje esperar que a entrada do grupo segurador italiano Generali no Banco CTT possa acontecer até ao final de 2023.
João Bento falava num encontro com jornalistas na sede dos CTT, em Lisboa.
Em 07 de novembro de 2022, tinha sido anunciado que o grupo segurador italiano Generali ia comprar uma participação de cerca de 8,71% do Banco CTT através de um aumento de capital de 25 milhões de euros.
Questionado sobre o tema, o gestor disse: “Esperamos que possa acontecer até ao final do ano”.
João Bento referiu ainda que o Banco CTT tem ganhado quota de mercado em depósitos bancários.
“Estamos em contraciclo e continuamos a adquirir cerca de 5.000 clientes por mês”, acrescentou.
Questionado sobre se vai manter o número de lojas dos CTT, o responsável disse que sim.
“Não há nenhuma razão para não manter as lojas que temos”, salientou.
Por sua vez, o administrador João Sousa salientou que as lojas “são um ativo para o negócio do Expresso”, sublinhando a importância de ter uma rede onde as pessoas podem entregar e levantar as suas encomendas.
“Esta rede própria diferencia-nos do mercado e concorrência”, acrescentou.
“A nossa rede de retalho deve ser vista como uma plataforma de serviços”, sublinhou João Bento.
Estado recorre da decisão em que foi condenado a pagar 23,6 ME aos CTT
O Estado “já recorreu” da decisão do Tribunal Arbitral que o condenou a pagar 23,6 milhões de euros aos CTT e juros de mora, disse hoje o presidente executivo (CEO) dos CTT, João Bento.
Em 01 de outubro foi divulgado que Tribunal Arbitral condenou o Estado a pagar 23,6 milhões de euros aos CTT e juros de mora em compensações pelo impacto da pandemia covid-19 e pela prorrogação unilateral do contrato de concessão em 2021.
Questionado sobre se os CTT já tinham recebido o dinheiro, num encontro com jornalistas na sede dos Correios de Portugal, em Lisboa, João Bento afirmou que não e que “o Estado já recorreu”.
“Aquilo que são os dois elementos que constituem a pena que este tribunal decidiu – os prejuízos decorrentes da covid e da extensão unilateral do contrato – ambos os montantes foram aprovados por unanimidade, não só pelo juiz presidente”, como também pelos indicados pelos CTT e pelo Estado, referiu.
Os CTT foram notificados do acórdão proferido pelo Tribunal Arbitral, datado de 27 de setembro, relativo ao processo iniciado pela empresa em junho de 2021 contra o Estado português.
Lusa