No ano em que assinala o quinto aniversário, o Enóphilo Wine Fest regressa a Lisboa com uma 13ª edição plena de novidades.
A 23 de abril, entre as 14h30 e as 20h, o Hotel Marriott acolhe uma mostra de mais de 300 vinhos de cerca meia centena de produtores, de pequena e média dimensão, representantes de eleição das principais regiões vitivinícolas nacionais, pensada para surpreender enófilos, amadores ou profissionais.
Depois de dois anos de interregno imposto pela pandemia, o Enóphilo Wine Fest aposta num reforço da oferta, disponibilizando “adicionalmente o acesso limitado a um conjunto de provas especiais, que têm como protagonistas alguns dos mais especiais vinhos, de origem nacional e internacional”, refere a organização.
Até ao final do ano são esperadas mais novidades, entre as quais a estreia de uma nova localização (Braga), a juntar às habituais edições em Lisboa, Porto e Coimbra.
Provas especiais em 2022
O evento de Lisboa será marcado por três provas especiais, em diferentes horários:
HeadRock e Quinta Serra d’Oura: 10 anos de história no terroir de Vidago
Horário: 15h às 16h
Duas marcas de um mesmo produtor (HeadRock e Quinta Serra d’Oura) e de um mesmo terroir (Vidago) em destaque entre as 15h e as 16h. Haverá “uma prova para conhecer esta zona da sub-região de Chaves, um dos locais de excelência para a produção de vinho em Trás-os-Montes, e celebrar os 10 anos de actividade deste produtor. Um momento especial, falado na primeira pessoa, onde se apresenta um pouco do portfolio e da história destes vinhos através de duas mini-verticais, que revelam a excelente evolução destes vinhos”, esclarecem os promotores da iniciativa.
Bierzo: um dos segredos mais bem guardados de Espanha
Horário: 17h às 18h
Uma masterclass conduzida pelo enólogo e produtor César Márquez, uma das estrelas em ascenção da região de Bierzo, irá apresentar alguns vinhos da região, uma seleção de vinhos seus, de Gregory Perez e de Raúl Pérez – um dos nomes mais sonantes do mundo do vinho.
Será uma oportunidade para conhecer esta pequena, mas muito badalada, denominação do norte de Espanha.
Churchill’s – 40 anos de vinhos do Porto e Douro
Horário: 19h às 20h
O evento inclui a celebração dos 40 anos da Churchill’s com o enólogo Ricardo Pinto Nunes, numa prova única onde se poderá provar em primeira mão novidades como o Grafite Tinta Roriz e uma “cask sample” do Tawny 40 anos que será lançado no final do ano. “Uma oportunidade para conhecer uma casa conhecida pelo seu estilo mais seco e fresco, com Portos produzidos exclusivamente a partir de uvas de letra A, apanhadas e selecionadas à mão, pisadas a pé em lagares tradicionais de granito, com fermentações naturais mais longas, numa filosofia de mínima intervenção”, refere a organização.
Na última edição (2019), o número de visitantes do Enóphilo Wine Fest ascendeu aos 800.
Para esta edição, os bilhetes, no valor de 20€, já estão disponíveis na Ticketline, online e nos pontos de venda habituais (Fnac, Worten, etc.), podendo ser adquiridos com desconto de 25% em compra antecipada.
Já as Provas Especiais, limitadas a 20 participantes cada, podem ser acedidas através de bilhete próprio, também no valor de 20€, disponíveis nos mesmo canais.
Enóphilo Wine Fest
Criado em 2015 (sob a designação de LX Wine Fest) com o objetivo de pôr em contacto produtores, enófilos e profissionais do setor, o Enóphilo Wine Fest rapidamente se alargou a outras geografias.
Em 2016 estreou-se no Porto (enquanto Wine Fest by Wine Club Portugal), chegando em 2018 a Coimbra, já sob a denominação de Enóphilo Wine Fest.
Desde esta data, mantém presença regular nas três cidades, estreando-se em 2022 em Braga.
“Reforçámos o leque de produtores presentes e a oferta de vinhos disponíveis”, afirma Luís Gradíssimo, responsável pelo evento.

Para Luís Gradíssimo, responsável pelo evento, “o regresso do Enóphilo Wine Fest é motivo de grande satisfação, não apenas pelas saudades que tínhamos dos eventos e da cidade, mas principalmente porque o evento se apresenta neste regresso ao melhor nível”.
“Reforçámos o leque de produtores presentes e a oferta de vinhos disponíveis e demos mais um passo na concretização da ambição de dar a conhecer e a provar um pouco do melhor que se vive em Portugal a cada vez mais pessoas, com um evento de valor acrescentado”, afirma Luís Gradíssimo.
Nestes dois anos em que o evento não se realizou, devido à pandemia, o setor vinícola nacional conheceu algumas alterações?
Luís Gradíssimo (LG): É verdade, uma longa pausa de dois anos na edição de Lisboa. Seguramente que o setor sofreu muitas alterações, nomeadamente a alteração de padrões de consumo e a forma dos produtores promoverem e venderem os seus vinhos. Houve um crescimento, em toda a linha, do setor online, nas vendas e promoção, entre outros, com muito mais atividade online no presente do que aquela que havia em 2019. Contudo, o contacto direto com o produtor, o facto de podermos provar o vinho cara-a-cara e de poder ter a experiência do momento e do local é insubstituível. Assistir a uma prova online e estar na prova presencialmente ainda são experiências bem diferentes, daí o regresso de muitos dos eventos que já existiam e a procura que temos tanto por parte dos produtores como da parte dos enófilos que nos querem visitar.
Relativamente ao evento de 2022 e face a 2019, há mais produtores presentes? O que destacaria para a edição deste ano?
LG: Sim, a edição de 2022 tem mais 10 produtores do que a edição de 2019, e esse facto deve-se à parceria feita com a Adega da Vidigueira sobre o seu evento Talha DOC. Trata-se da participação de 10 produtores que estarão presentes a dar a conhecer os seu vinhos de Talha, uma novidade no Enóphilo Wine Fest. Os restantes produtores são, em número, os mesmos da anterior edição de Lisboa, com 40 produtores de pequena/média dimensão, representantes de praticamente todas as regiões do país, com vinhos de qualidade e que trazem diversidade a quem nos visita, vinhos que representam um pouco do melhor que se faz em Portugal.
As provas especiais são uma estreia este ano: em que consistem?
LG: As provas especiais são um dos elementos diferenciadores do evento, presentes desde a primeira edição. São provas comentadas, com uma temática específica, lugares sentados, mas muito limitados. Os temas são sempre muito variados, e a prova disso são os temas das três provas desta edição. Na primeira prova, HeadRock e Quinta Serra d’Oura: 10 anos de história no terroir de Vidago, iremos conhecer diferentes vinhos de um mesmo terroir, neste caso, de Vidago, em Trás-os-Montes, para vermos o perfil dos vinhos não só deste produtor, mas também deste lugar de excelência para a produção de vinho. A segunda prova é dedicada a conhecer uma região, uma masterclass com vinhos de diferentes produtores da região espanhola de Bierzo, uma das denominações espanholas mais badaladas do momento. Terminaremos com a celebração dos 40 anos da Churchill’s, uma empresa de vinho do Douro e Porto, que fez muito recentemente 40 anos de atividade, e onde iremos provar alguns vinhos que marcaram o seu percurso, bem como a apresentação de alguns novos vinhos, como é o caso do Tawny 40 anos que será apresentado.
Qual diria que será o ponto alto do evento?
LG: O ponto alto do evento é estarmos juntos novamente após esta pausa de dois anos, é a reunião dos muitos enófilos que estarão presentes e que têm este momento de proximidade com estes mais de 50 produtores que lá estarão a dar a conhecer não só as novas colheitas dos seus vinhos, ma também algumas curiosidades e novidades.