Uma engenheira da SpaceX acusou a empresa aeroespacial de pagar menos às mulheres e aos trabalhadores pertencentes a minorias do que aos trabalhadores brancos e do sexo masculino, numa ação judicial apresentada no Tribunal Superior de Los Angeles. Esta é a mais recente ação judicial em matéria de emprego a atingir uma empresa detida por Elon Musk.
A queixosa, Ashley Foltz, afirma na ação coletiva que foi contratada com um salário de 92 mil dólares (cerca de 87 mil euros) como engenheira de nível básico, enquanto a empresa oferecia até 115 mil dólares (cerca de 109 mil euros) para o cargo a homens com a mesma ou menos experiência.
A ação judicial acrescenta que Musk e os executivos da empresa “não têm qualquer justificação legítima para as suas práticas salariais discriminatórias”, argumentando que Foltz, que se descreve como uma das poucas engenheiras da SpaceX, tem recebido menos do que os engenheiros do sexo masculino por realizar tarefas iguais ou semelhantes ao longo do seu tempo na empresa.
Foltz descobriu a diferença de remuneração quando a Lei de Transparência Salarial da Califórnia entrou em vigor, exigindo que as empresas publiquem as faixas salariais nas suas listas de cargos.
A ação judicial refere a estrutura de classificação de funções da SpaceX, que designa os trabalhadores em posições como “redator técnico”, “engenheiro 1” e “engenheiro 2”, classificações que contribuem para salários mais baixos e taxas de promoção mais baixas.
Foltz acusou a SpaceX de violar a legislação laboral da Califórnia e pediu ao tribunal que lhe atribuísse sanções civis e indemnizações monetárias, bem como a quaisquer outros trabalhadores afetados.
Contactada pela Forbes norte-americana, a SpaceX não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.
(Com Forbes Internacional/Antonio Pequeño IV)