Reforçar a flexibilidade, reinventar carreiras mais fluidas e promover a aquisição de novas competências são as principais prioridades das empresas portuguesas para 2021, de acordo com a Mercer.
As empresas portuguesas terão colocado em marcha um conjunto de processos de transformação que, apesar do contexto, lhes permitiu alcançar resultados satisfatórios, em 2020, de acordo com o mais recente estudo “Global Talent Trends (GTT) 2021”.
O estudo, desenvolvido pela Mercer Portugal, revela que as empresas em Portugal estão focadas essencialmente nas prioridades de curto prazo. De acordo com os dados, as principais prioridades das empresas portuguesas para 2021 vão centrar-se em reinventar carreiras fluidas e flexíveis, definir as necessidades dos colaboradores e incentivar à transformação, através da adoção e mudança de políticas de compensação, obedecendo as competências críticas.
No GTT 2021, 76% dos líderes portugueses afirma que o que anteriormente era valorizado pelos colaboradores mudou. E, por isso, referem, as empresas estão a trabalhar no sentido de descobrir aquilo que é mais relevante para cada grupo de colaboradores nesta nova era.
O relatório, a que a FORBES teve acesso, aponta também que 80% das organizações reconhece a necessidade de se ter um sistema para manter a cultura organizacional, enquanto é feita a transição para um novo modelo e novas formas de trabalho.
Segundo o líder de negócios da Mercer Portugal, Tiago Borges, depois de vários meses de interrupção que se prolongaram entre o segundo e o terceiro trimestre do ano passado, o impulso para alinhar as práticas de negócio com um modelo de multitask, por inerência flexível e colaborativo, está de volta.
“Com a explosão de vários movimentos, assistimos a preocupações renovadas durante o ano de 2020 na área da diversidade e inclusão. Por outro lado, o reforço de políticas do investimento responsável e o estabelecimento de métricas de ESG (Environmental, Social e Governance) estão hoje na agenda de muitas organizações”, salienta.
O estudo descreve ainda que a grande maioria das empresas que impulsionam políticas multi-stakeholder estão a construir objetivos ESG dentro de uma agenda organizacional mais abrangente, ligados aos seus planos de negócio.
Deste modo, com as tendências perspetivadas para 2021, o mais recente estudo Global Talent Trends Portugal avança que 73% dos líderes de recursos humanos afirmam que as suas empresas mantiveram ou aumentaram o ritmo de implementação de uma abordagem de negócio com base em ESG e multi-stakeholder.