Empresas europeias crescem menos e com défice tecnológico

Um novo estudo, acabado de ser publicado pela consultora Accenture, designado “Accelerating Europe’s path to reinvention” revela que, as empresas europeias, em resposta aos inúmeros desafios que a Europa atravessa, estão a responder de forma rápida às necessidades de transformação, tornando-as mais resilientes. Ainda assim, o relatório revela que estas estão a crescer a um…
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As companhias europeias estão a crescer a um ritmo mais lento do que as norte-americanas e as asiáticas. Em 2023, a Accenture estima um crescimento das europeias de 1,8% contra 3,1% das restantes.
Economia

Um novo estudo, acabado de ser publicado pela consultora Accenture, designado “Accelerating Europe’s path to reinvention” revela que, as empresas europeias, em resposta aos inúmeros desafios que a Europa atravessa, estão a responder de forma rápida às necessidades de transformação, tornando-as mais resilientes. Ainda assim, o relatório revela que estas estão a crescer a um ritmo mais lento e que, para 2023 e 2024, este crescimento será de apenas 1,8% nas companhias europeias, contra os 3,1% estimado para as empresas norte-americanas e asiáticas.

Para reduzir esta lacuna, deverão centrar o seu crescimento na adoção de tecnologia, sendo que a reinvenção dos negócios é uma necessidade premente. A Accenture alerta mesmo que o baixo investimento em tecnologia coloca em risco o crescimento futuro destas companhias.

O survey tem por base um inquérito a quase 3 mil líderes de grandes organizações a atuar na Europa, nos Estados Unidos e na China, e mostra que as condicionantes associadas à guerra da Ucrânia, tais como a crise energética e a subida da inflação, estão ainda muito pronunciadas nas companhias europeias. Os custos energéticos são, segundo 19% dos inquiridos europeus o maior desafio que enfrentam, seguido das ruturas das cadeias de abastecimento, com 14% das respostas.

“O que está em risco para as empresas europeias é a sua competitividade a longo prazo”

Ainda assim, cerca de 77% dos executivos mostram confiança na capacidade das suas organizações, apesar do atual cenário de incerteza, e 81% dos gestores europeus acredita que as suas organizações estão a conseguir ultrapassar a crise pandémica e que estão bem posicionadas para atingir um crescimento futuro. Jean-Marc Ollagnier, CEO da Accenture na Europa, revela, em comunicado que “o que está em risco para as empresas europeias é a sua competitividade a longo prazo. O ambiente macroeconómico cada vez mais volátil, combinado com o ritmo da inovação tecnológica e a necessidade de acelerar a transição energética exige que as empresas adotem uma estratégia centrada na reinvenção contínua dos seus negócios. É através da total reinvenção empresarial que as empresas europeias podem aumentar a competitividade e prosperar a longo prazo”.

Vantagens das companhias europeias

De acordo com esta análise, e comparando as empresas europeias com as norte americanas e asiáticas, estas conseguem superar a concorrência em sustentabilidade, talento, liquidez e gestão de recursos. No entanto, ficam atrás no crescimento de vendas e na utilização de tecnologia, como já foi referido em cima. Para que possam reinventar os seus modelos de negócio, o relatório sugere algumas medidas estratégias que podem adotar. Desenvolver rapidamente o seu core digital, para permitir esta transformação do modelo de negócio, é uma das primeiras medidas a levar a cabo, tal como o acelerar da transição energética, trabalhando através de ecossistemas para centrar a economia europeia em torno das zero emissões e da economia circular. Alinhar-se com as novas necessidades dos clientes, verificar o seu contexto de vida, através da inteligência humana e artificial é outra estratégia que as empresas deverão seguir. Tornar o talento numa prioridade da estratégica, colocar as pessoas no centro da reinvenção empresarial e colocar os gestores de talento no centro da mudança, é a última sugestão que o relatório enuncia.

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