Na conferência anual Facebook Connect, Mark Zuckerberg, CEO do gigante tecnológico, anunciou que a empresa que detém as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp vai passar a chamar-se Meta.
A Meta desempenha o papel de uma holding que detém todos os produtos e marcas até aqui associados ao Facebook enquanto grupo. Cada uma das redes sociais da Meta manter-se-á com o nome de sempre: Facebook, Instagram e WhatsApp.
Segundo Zuckerberg, “atualmente, a nossa marca [Facebook, n.d.r.] está de tal forma ligada apenas a um produto que não pode representar tudo o que estamos a fazer”, justificou.
O Facebook escolheu “Meta” porque pode significar “além” e capta o compromisso com a construção de tecnologias sociais que nos levam além do que a conexão digital torna possível hoje, de acordo com a empresa.
Em conformidade com esta alteração, o Facebook está também a introduzir um novo logotipo e cor para acompanhar a nova marca da empresa. O logotipo é um gradiente azul – como uma homenagem à herança do Facebook – e foi projetado para ser experimentado em 3D para que ganhe vida no metaverso.
“Estou orgulhoso do que construímos até agora, e estou entusiasmado com o que vem a seguir – à medida que avançamos além do que é possível, além das restrições dos ecrãs, além dos limites da distância e da física, e em direção a um futuro onde todos podem estar presentes uns com os outros, criar novas oportunidades e experimentar coisas novas. É um futuro que está além de qualquer empresa e que será feito por todos nós”, referiu Mark Zuckerberg.
O rebranding pretende transmitir melhor a ambição da empresa: a de fornecer serviços que sejam a “próxima fronteira”, tal como as redes sociais foram no início do Facebook.
O nome espelha o alargado conteúdo da nova empresa: “O metaverso será também um espaço virtual 3D social onde se podem partilhar experiências imersivas com outras pessoas, mesmo quando não se pode estar pessoalmente junto – e fazer coisas juntos que não poderia fazer no mundo físico”, aponta a Meta que afirma estar também a trabalhar nas mais recentes evoluções de Realidade Aumentada e Realidade Virtual.
Realidade Virtual e Realidade Aumentada
Nesse sentido, os responsáveis da Meta partilharam detalhes sobre o progresso que o Facebook está a fazer com estes dois tipos de tecnologia.
Assim, “a Realidade Virtual está num ponto de inflexão liderado pelo lançamento da Quest 2. Os jogos estão a crescer, a Realidade Virtual está a tornar-se mais social, o condicionamento físico está a tornar-se um ponto forte e o Facebook está a desenvolver mais formas de usar a Realidade Virtual como um dispositivo de trabalho. E continuará a investir na comunidade de developers para ajudá-los a construir e monetizar as suas aplicações através de novas ferramentas e recursos”, refere a empresa numa nota à imprensa.
Por seu lado, o Facebook está a investir na tecnologia central e no trabalho necessário para trazer óculos de Realidade Aumentada com recursos completos para o mercado. Enquanto trabalha no hardware para fazer óculos de Realidade Aumentada, está a cultivar o conteúdo, recursos e comunidades que podem enriquecer as experiências do Facebook hoje e iluminar o caminho para os óculos de Realidade Aumentada.
Essencialmente, toda a tecnologia de inteligência que sustenta a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada será a base para a criação por parte da Meta de novos produtos e serviços de experiências, mais imersivas, seja para trabalhar, estudar, praticar desporto ou divertir-se.
Nesse contexto, os capacetes de Realidade Virtual poderão ser a nova plataforma das novas redes sociais, com a interatividade entre as pessoas a poder ser feita por intermédio de avatares, por exemplo.
E transpondo isto para o mundo do trabalho, as empresas poderão criar um espaço virtual no metaverso, no qual poderão partilhar conteúdos e realizar reuniões, no que seria uma evolução do conceito de teletrabalho.
Percebe-se por que razão fala a Meta de uma nova fronteira.