Os Emirados Árabes Unidos são, pelo terceiro ano consecutivo, o país que consegue atrair mais milionários, segundo o estudo Henley Private Wealth Migration Report 2024. O relatório, realizado pela Henley & Partners revela que sem impostos sobre o rendimento, com o programa de Golden Visa, uma localização estratégica e um estilo de vida luxuoso, este país – mais conhecido pelo Dubai – tornou-se num dos primeiros destinos do mundo para a migração de milionários, com a estimativa de atrair cerca de 6,700 novos afortunados este ano.
Itália vai atrair 2.200 milionários, a Suíça cerca de 1.500, a Grécia 1.200 e Portugal e o Japão, ambos na décima posição, vão conseguir conquistar mais 800 milionários.
Este fluxo migratório prende-se sobretudo com as personalidades de alto rendimento com origem na Índia, na região do Médio Oriente, da Rússia e da África. Europeus e britânicos também deverão mudar-se para esta região. Os Estados Unidos ficam em segunda posição da lista, com apenas 3.800 novos milionários atraídos em 2024. Singapura conquista novamente a terceira posição, com uma entrada líquida de 3.500 milionários, sendo que o Canadá e a Austrália ficam, na quarta e na quinta posição, com 3.200 e 2.500 conquistas. Itália vai atrair 2.200, a Suíça cerca de 1.500, a Grécia 1.200 e Portugal e o Japão, ambos na décima posição, vão conseguir conquistar mais 800 milionários.
Os países que mais perdem milionários
Por outro lado, o Reino Unido – Londres em particular -, que já foi um dos países com maior atração de milionários, sobretudo entre 1950 e os primeiros anos do novo milénio, está a perder pessoas de elevada riqueza há cerca de uma década. Entre o período de 2017 (pós-Brexit) e 2023, o Reino Unido perdeu um total de 16.500 milionários nos fluxos migratórios. A previsão para 2024 é que registe uma perda líquida de 9.500 pessoas de alto rendimento. A Henley & Partners estima que o Reino Unido tenha uma quebra de 17% na sua população de milionários até 2028.
Mas o maior perdedor de 2024, em termos líquidos, será a China, com uma perda estimada de 15.200 pessoas de alto rendimento (em 2023 foram 13.800). Na terceira posição fica a Índia, com uma quebra estimada de 4.300, a Coreia do Sul deverá perder 1.200, logo seguido da Rússia, como uma perda de 1000 (em 2022, perdeu 8.500 milionários). As projeções apontam que o Brasil perca 800 milionários, a África do Sul 600, e com 300 perdas ficam a Formosa e o Vietname.