Alexandre Salsinha, 36 anos, developer, sentiu um problema real no seu dia-a-dia: gerir as compras de um agregado familiar de cinco pessoas. Elaborar a lista das compras, identificar os produtos em falta, conhecer as características de cada produto e sobretudo saber onde encontrar o produto mais barato era um desafio constante. Decidiu então que estava na hora de desenvolver uma solução que lhe facilitasse a vida familiar. Foi assim que, com mais umas horas de trabalho e muita dedicação, chegou à ideia de criar da aplicação chamada Lisie. Para avançar com este projeto reuniu uma equipa composta por mais três pessoas: Renato (Foan82), designer, Filipe SJ, designer e André Dargains, developer. São atualmente estes os quatros fundadores da startup tecnológica que desenvolveu e continua a aperfeiçoar a aplicação que lhe permite estar a par do que tem na despensa e do que falta comprar, que lê os códigos de barras dos produtos e compara o preço com vários supermercados.
“O processo total demorou cerca de cinco anos, desde a epifania inicial ao lançamento, passando pela análise e estudo de mercado e de usabilidade, do desenvolvimento de protótipos e testes de utilização, até chegar ao design final”, afirma Filipe SJ, co-fundador. Esta aplicação destina-se a quem, de alguma forma, procure uma maneira fácil e intuitiva de criar a sua lista de compras, adicionando produtos através da leitura do código de barras ou da inserção de texto. Em tempos de inflação acrescida, torna-se uma boa ferramenta para controlar as flutuações de preços em diversos supermercados e poder assim fazer a sua escolha de forma consciente e mais informada.
Em tempos de inflação acrescida, torna-se uma boa ferramenta para controlar as flutuações de preços em diversos supermercados e poder assim fazer a sua escolha de forma consciente e mais informada.
“O feedback que temos recebido tem sido bastante positivo. Desde o início, fizemos questão de estudar o mercado e realizar testes de utilização para criar um produto realmente útil e que fosse bem recebido pelo público português. O resultado desse esforço tem sido visível, com referências positivas nas redes sociais e contactos de interessados em investir e colaborar com a Lisie. Acreditamos que a qualidade do produto é a chave para o sucesso, e o feedback recebido tem vindo a comprovar isso mesmo”, acrescenta Filipe SJ.
O futuro da aplicação
A equipa afirma ter planos ambiciosos diversificados para a Lisie. “Um dos nossos objetivos é simplificar o processo de compras online para os nossos utilizadores, tornando a experiência de compra mais prática e eficiente. Além disso, estamos a trabalhar na integração de inteligência artificial para otimizar processos e adicionar novas funcionalidades à aplicação”, diz Filipe SJ.
Este responsável adianta ainda que já estão a desenvolver a Lisie Home, um dispositivo físico que permite adicionar produtos à lista sem necessidade de abrir a aplicação no telemóvel, colocando, por exemplo, a Lisie Home na cozinha, perto do caixote do lixo, e os produtos consumidos serão automaticamente adicionados à lista de compras sem qualquer trabalho adicional.
“Tendo em conta o contexto atual e o aumento acentuado da inflação, pretendemos expandir e entrar no mercado internacional”, diz Filipe SJ, co-fundador.
Filipe explica que, para garantir o melhor serviço aos utilizadores, é essencial construir e escalar uma equipa dedicada, incluindo moderadores e personal shoppers. “Tendo em conta o contexto atual e o aumento acentuado da inflação, pretendemos expandir e entrar no mercado internacional. Estes são alguns dos nossos planos futuros, mas estamos abertos a novas ideias e possibilidades”.
Relativamente ao modelo de negócio, o responsável afirma que há várias ideias para gerar receita e rentabilizar o produto. “Publicidade direcionada a públicos-alvo específicos, contas premium, comissão sobre compras efetuadas através da Lisie, contas empresariais, industrialização dos produtos Lisie Home e Lisie Business, integração de um interface específico em lojas físicas e venda de dados e padrões de consumo com recurso à nossa database que conta já com 4 anos de recolha de dados, são algumas das soluções”, diz.