O Twitter será mesmo vendido ao milionário e homem mais rico do mundo Elon Musk. O Conselho de Administração do Twitter decidiu aceitar os termos da proposta, assente numa oferta original de Musk de US$ 54,20 (€50,72) por ação em dinheiro, que avalia a empresa em cerca de US$ 44 biliões (cerca de 41,2 mil milhões de euros).
A transação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração do Twitter, com o acordo previsto para ser fechado no final de 2022, aguardando a aprovação dos acionistas.
Esta notícia confirma o entendimento de diversos analistas que afirmam que o cenário mais provável era que a rede social dos 280 caracteres passasse para as mãos de Musk, pese embora a adoção da “pílula de veneno” pelos responsáveis do Twitter para tentar afastar qualquer aquisição hostil.
O que ajudou a convencer o Twitter
Um dos factos que terá contribuído para tornar o Conselho de Administração mais recetivo à ideia da venda foi a informação prestada à SEC (Securities and Exchange Commission, o equivalente à CMVM) de que havia garantido US$ 46,5 biliões (43,5 mil milhões de euros) em financiamento, designadamente junto de um grupo de bancos liderado pelo Morgan Stanley.
Outro facto que levou ao “sim” por parte do board do Twitter foi a perceção de que seria difícil encontrar outro interessado nos valores que Musk acenou, “especialmente após o declínio nos preços dos ativos das empresas de redes sociais nas últimas semanas/meses”, de acordo com Angelo Zino, analista sénior de ações na CFRA Research.
Ao Financial Times, Bret Taylor, presidente do Twitter, já assumiu que “a proposta garante um prémio substancial em dinheiro e acreditamos que é o melhor caminho a seguir para os acionistas”.
Entretanto, fruto destas notícias, as ações do Twitter subiram logo mais de 5% na segunda-feira.