O multimilionário Elon Musk interpôs uma contestação judicial contra a Agência Nacional de Relações Laborais (NLRB, na sigla em inglês), que tinha processado a SpaceX pelo despedimento de empregados.
Na contestação que apresentou o também dono da marca Tesla argumenta que a estrutura da NLRB é inconstitucional, o que pode colocar o sistema laboral dos EUA em sérios problemas se for aceite.
A NLRB, uma agência governamental que vela pelo cumprimento da legislação laboral, tem o seu próprio sistema administrativo de juízes e fiscais. Com base nesta ação, Elon Musk está agora a apresentar uma contestação a essa estrutura na sua totalidade.
O empresário, que continua a liderar o ranking da Forbes das pessoas mais ricas do mundo, respondeu assim à denúncia feita pelos fiscais da NLRB contra a SpaceX, na passada quarta-feira, acusando a empresa aeroespacial de ter despedido ilegalmente oito empregados, em 2022, que tinham assinado uma carta crítica do multimilionário.
No texto, os trabalhadores diziam que Musk era “uma fonte frequente de distração e vergonha” e reclamavam aos dirigentes da SpaceX que se distanciassem dos comentários do seu proprietário e fundador, ao mesmo tempo que incentivaram outros empregados a subscrevê-lo.
A empresa defende que os trabalhadores foram despedidos porque a carta “causou uma distração significativa aos empregados da SpaceX em todo o país”.
Segundo o proprietário da SpaceX, Tesla e X, o sistema administrativo da NLRB atenta contra a separação de poderes estabelecida na Constituição.
Na contestação entregue num tribunal de Brownsville, no sul do Texas, a empresa refere que “o processo da NLRB contra a SpaceX priva-a do seu direito constitucional a um julgamento com jurados”.
A NLRB agendou o julgamento do caso dos trabalhadores despedidos para o próximo mês de março.
Lusa