A EDP – Energias de Portugal inaugurou hoje a nova Central Fotovoltaica Flutuante de Alqueva que conta com cerca de 12 mil painéis fotovoltaicos e uma capacidade de produção anual de 7,5 gigawatt. O investimento naquele que é considerado o maior parque fotovoltaico da Europa ascende a seis milhões de euros.
De acordo com a energética liderada por Miguel Stiwell a previsão é que este parque abranja mais de 30% das famílias, o equivalente e cerca de 1.500 – uma média de quatro pessoas por agregado – , dos concelhos de Portel e Moura.
A plataforma ocupa uma área de quatro hectares, foi colocada no seu local definitivo no passado mês de maio, sendo que já está pronta a funcionar este mês.
De acordo com a EDP, depois de cerca de “sete meses a ser montada e a entrar em operação”, o investimento de seis milhões de euros pretende tornar Alqueva “numa espécie de laboratório vivo”. Isto porque vai ser possível que “se teste a complementaridade entre tecnologias de produção de energia renovável hidroelétrica e fotovoltaica, assim como tecnologias de armazenamento de energia de longa e de curta duração”.
As baterias utilizam a tecnologia de iões de lítio, “com uma capacidade de armazenamento de cerca de 2MWh”, detalha a empresa.
A tecnologia solar flutuante é uma inovação que, de acordo com a EDP, permite “o aproveitamento de recursos e a expansão de energias renováveis”, desta forma contribui-se para a redução da dependência energética.
Os flutuadores da central, produzidos por uma empresa espanhola, incluem compósitos de cortiça desenvolvidos pela Amorim Cork Composites, da Corticeira Amorim, que “estão a ser testados pela primeira vez neste parque solar”.