Se tudo correr bem, a EAD – Empresa de Arquivo de Documentação pioneira e líder de mercado em soluções de gestão documental em Portugal, vai reciclar mais de 1000 toneladas de arquivos diversos, no ano em curso, contra as 662 toneladas recicladas em 2020, um crescimento previsto de 33%, segundo avançou em exclusivo à FORBES o seu CEO, Paulo Veiga.
“É um objetivo ambicioso, mas o caminho é este. A EAD tem uma enorme tradição e responsabilidade no sistema de gestão ambiental, ramo da gestão documental, em Portugal, e a nossa preocupação sempre foi de reduzir os consumos e proceder a reciclagem segura de todos os resíduos produzidos. Felizmente, estamos a conseguir”, disse Paulo Veiga.
A nível de produção, o gestor afirmou que a empresa recicla cerca de 55 toneladas por mês, constituídas por todo o tipo de documentação provenientes de serviços realizados pelos seus clientes.
Além da documentação, a EAD reciclou no ano passado 840 quilogramas de CD, DVD e disquetes, outros 330 quilogramas de plástico e 2,3 toneladas de madeira. Foram, também, reciclados 328 quilogramas de equipamentos eletrónicos fora de uso, 19 quilogramas de metais, 10 quilogramas de lâmpadas e resíduos com mercúrio e dois quilogramas de vidro.
Paulo Veiga considerou que, atualmente, a reciclagem é um serviço imprescindível para as organizações, quer pelas regras que o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) veio impor, uma vez que cada vez mais é premente eliminar papel de uma forma consciente, cumprindo regras de segurança e assegurando a confidencialidade da informação existente, quer pela própria consciencialização das sociedades modernas adotarem modelos mais sustentáveis, uma economia mais verde que assegure o desenvolvimento económico, a melhoria das condições de vida e de emprego, bem como a regeneração do capital natural.
O empresário reconheceu que longe vão os tempos em que a reciclagem era uma palavra estranha para muitos portugueses, sendo que, neste momento Portugal está em linha com a União Europeia, cuja taxa de reciclagem e de utilização de materiais reciclados está em franco crescimento, substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado.
Segundo revelou Paulo Veiga, a empresa, presente no mercado há 28 anos, atingiu em 2020 uma faturação 5,3 milhões de euros e para o corrente ano, fruto do trabalho e esforço comercial na procura de soluções para os clientes, a EAD pretende atingir os 6 milhões de euros, o que ao se verificar, representará um crescimento de mais de 12%.