O ex-primeiro-ministro português Durão Barroso e o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn são alguns dos “líderes de classe mundial”, que incluem especialistas em finanças e economia, que se encontram a ajudar a desenhar o Mecanismo Africano de Estabilidade Financeira, anunciou Akinwumi Adesina, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, numa informação adiantada pela agência Lusa.
Na conferência de imprensa que encerrou os encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorreram esta semana em Acra, capital do Gana e à qual a agência Lusa assistiu, Akinwumi Adesina explicou que esse mecanismo que está a ser elaborado visa proteger o continente “contra todos os choques económicos exógenos”.
África “é o único continente que não tem um sistema que o proteja destes choques” económicos exógenos, refere Akinwumi Adesina, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento.
O Presidente do BAD adiantou ainda que o grupo de trabalho inclui, além de Strauss-Kahn e Barroso, o ministro das Finanças do Gana, Ken Ofori-Atta, a ex-ministra das finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, e os economistas norte-americanos, Joseph Stiglitz e Jeffrey Sachs.
“Temos as pessoas que ajudaram a União Europeia a desenvolver o mecanismo de estabilidade europeu, os que ajudaram a desenvolver o mecanismo árabe, o da América Latina (…) e estamos a trabalhar com o Fundo Monetário Internacional. Espero que quando os resultados saírem possamos fazê-lo avançar”, disse Adesina citado pela Lusa.
A agência Lusa recorda que, na sessão de abertura dos encontros, o Presidente do Gana defendeu, Nana Akufo-Addo, tinha destacado a “ironia de termos uma história cheia de choques económicos, mas sermos o único continente no mundo sem almofadas financeiras, tem de ser urgentemente remediado”.