Em vésperas de mais um regresso às aulas um relatório da Cetelem, do grupo BNP Paribas Personal Finance, conclui que 73% dos encarregados de educação vão fazer um maior investimento em produtos tecnológicos, contra os 37% registados em 2022. De acordo com o “Observador Regresso às Aulas 2023”, um cabaz completo de tecnologia pode ascender a um valor médio de 1.198 euros.
O mesmo estudo detalha que, na lista de compras nesta categoria de produtos, para o ano letivo 2023/24, estão computadores (38%), para os quais se prevê um gasto médio de 516 euros. As impressoras e scanners (25%), periféricos e acessórios de informática (52%) e calculadoras científicas ou gráficas (36%) também fazem parte das intenções de compra.
Neste regresso às aulas, 41% dos encarregados de educação vão aproveitar este período para comprar um telemóvel para o seu educando, 33% um tablet ou leitor de livro digital e 30% irá subscrever um pacote com internet.
O mesmo relatório realça que, apesar do crescimento do e-commerce, “os encarregados de educação continuarão a privilegiar as compras em lojas físicas (84%) – 56% exclusivamente neste tipo de estabelecimentos e 28% fazendo compras em lojas físicas e online”. Apenas 10% pretendem realizar as suas compras só em lojas online.
Os hipermercados e supermercados ganham a dianteira ao serem a escolha para 59% dos inquiridos, assim como as livrarias e lojas especializadas. Já 15% escolhem realizar compras nos sites das editoras. A Área Metropolitana do Porto é a zona do país onde mais encarregados de educação compram material exclusivamente online (12%) e a região Centro é aquela onde mais se recorre às lojas físicas (63%).
O gasto médio total estimado com as compras relacionadas no regresso às aulas é de 632 euros, um aumento de 107€ em relação ao ano passado. Perante o cenário de agravamento da situação financeira, “95% dos encarregados de educação dizem que vão adotar medidas para tornar as compras do regresso às aulas menos dispendiosas, como comprar apenas o essencial e reutilizar material”.
Apenas 36% dos encarregados de educação afirmam ter total capacidade para financiar a educação e 55% revelam que não têm uma poupança destinada para fins educativos.
Para fazer as compras, 22% tencionam utilizar cartão de crédito prevendo gastar, em média, 330 euros, menos do que no ano passado (406 euros). Apenas 5% dos educadores tenciona solicitar um crédito pessoal para o próximo ano letivo.