Só no primeiro trimestre, o nível da divida mundial cresceu 1,3 biliões (cerca de 1,17 biliões de euros), atingindo o valor histórico de 315 biliões de dólares (cerca de 283,5 biliões de euros) no total. Este valor representa um défice de 333% face ao PIB mundial, que foi, em 2023, de 105,4 biliões de dólares (cerca de 94,8 biliões de euros). Os dados são revelados na publicação Global Debt Monitor do IIF – Institute of International Finance.
Esta tendência de crescimento, que já se sente há dois trimestres consecutivos, deve-se em parte pelos mercados emergentes, que registam um nível de dívida sem precedentes, atingindo os 105 biliões de dólares (cerca de 94 biliões de euros), o que representa um acréscimo de 55 biliões de dólares (cerca de 49,5 biliões de euros) face ao montante que existia há uma década.
Muitos países emergentes – quase um terço -, não recuperaram ainda da fase da pandemia e provavelmente terão de reestruturar as suas dívidas, pois os custos dos créditos tornaram-se muito pesados.
Este aumento da dívida no primeiro trimestre deste ano surge sobretudo da China, da Índia e do México. Por outro lado, países como a Coreia, a Tailândia e o Brasil registaram os decréscimos de dívida mais significantes. Do lado das economias mais desenvolvidas, os Estados Unidos e o Japão são os maiores contribuidores para esta dívida total. As maiores descidas foram registadas na Suíça e na Alemanha.
Muitos países emergentes – quase um terço -, não recuperaram ainda da fase da pandemia e provavelmente terão de reestruturar as suas dívidas, pois os custos dos créditos tornaram-se muito pesados.
Empresas não financeira são os maiores devedores
A maior parte desta dívida é detida por empresas não financeiras, o que ascende a 94,1 biliões de dólares (cerca de 84,6 biliões de euros), sendo que os empréstimos dos governos se situam muito perto, com 91,4 biliões de dólares (cerca de 82,2 biliões de euros). Já o setor financeiro está na casa dos 70,4 biliões de dólares (cerca de 63,3 biliões de euros) e as famílias, com a menor fatia, devem qualquer coisa como 59,1 biliões de dólares (cerca de 53,1 biliões de euros).