Diplomacia urbana e cooperação intergeracional marcam debate sobre “Connected Cities” no EuroAmericas Forum

Carolina Rendeiro, fundadora e CEO da Connect2Global nos Estados Unidos, moderou o painel “Connected Cities: Trade, Technology & Urban Diplomacy” na segunda edição do EuroAmericas Forum 2025, que decorre na Nova SBE, em Carcavelos. Ao apresentar os intervenientes, Rendeiro destacou o impacto da iniciativa Sister Cities, lançada há cerca de 70 anos pelo Presidente norte-americano…
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Carolina Rendeiro, fundadora e CEO da Connect2Global, moderou o painel “Connected Cities: Trade, Technology & Urban Diplomacy” na segunda edição do EuroAmericas Forum 2025, na Nova SBE, em Carcavelos. A conversa reuniu especialistas de várias áreas para discutir o papel da diplomacia urbana, da tecnologia e da cooperação entre gerações na construção de cidades mais resilientes e preparadas para os desafios da longevidade.
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Carolina Rendeiro, fundadora e CEO da Connect2Global nos Estados Unidos, moderou o painel “Connected Cities: Trade, Technology & Urban Diplomacy” na segunda edição do EuroAmericas Forum 2025, que decorre na Nova SBE, em Carcavelos.

Ao apresentar os intervenientes, Rendeiro destacou o impacto da iniciativa Sister Cities, lançada há cerca de 70 anos pelo Presidente norte-americano Dwight Eisenhower. Hoje, este modelo de cooperação urbana dá origem a mais de cinco mil organizações não governamentais em todo o mundo, dedicadas a promover relações internacionais à escala local. Para a moderadora, este tipo de diplomacia urbana e de colaboração global é um pilar essencial para enfrentar os desafios da longevidade.

Carolina Rendeiro, fundadora e CEO da Connect2Global nos Estados Unidos.

Luísa Baltazar, Executive Advisor na LBA e professora convidada da Universidade NOVA, centrou a sua intervenção no papel decisivo da inteligência artificial na atualidade. Defendeu que a tecnologia deve ser usada para reforçar ligações entre gerações e alertou para a necessidade de integrar os humanos no centro de qualquer estratégia tecnológica: “Não podemos dissociar tecnologia, inovação e inteligência artificial das pessoas”. Sublinhou ainda a importância de criar planos económicos sustentáveis, partilhar dados através de innovation labs em parceria com outras cidades e garantir que essas parcerias são efetivas, e não meramente formais. Recordou, também, que pensar o futuro das cidades implica olhar além do ambiente urbano e incluir quem vive em territórios rurais.

Luísa Baltazar, Executive Advisor na LBA e professora convidada da Universidade NOVA.

Já Luís Capão, vereador da Câmara Municipal de Cascais, apontou alguns dos desafios que o município enfrenta no âmbito da longevidade, destacando o esforço em garantir condições para que a população mais jovem consiga permanecer no concelho. “Longevidade não é só futuro, é também identidade”, afirmou. Recordou as várias sister cities de Cascais nas Américas, que servem tanto de inspiração como de parceiras num diálogo recíproco. “Cascais também é um farol para outras cidades: seremos a Capital Europeia da Democracia em 2026”, destacou.

Luís Capão, vereador da Câmara Municipal de Cascais.

A concluir o painel, Carmenza Jaramillo, embaixadora e presidente do Advisory Council do IPDAL, chamou a atenção para o problema da solidão entre as gerações mais velhas. “O tempo passa a correr: um dia temos 25 anos e, de repente, temos 40”, observou. Defendeu a implementação de medidas que promovam a convivência entre gerações, tal como já acontece em algumas cidades, citando Tóquio como exemplo de referência. “Estou convencida de que a cooperação é o caminho. Parcerias entre cidades e uma diplomacia centrada nas pessoas são fundamentais”, concluiu.

A conversa reuniu especialistas de várias áreas para discutir o papel da diplomacia urbana, da tecnologia e da cooperação entre gerações.

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