Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, as executivas da empresa de logística ID Logistics falam sobre a sua experiência profissional num setor tradicionalmente liderado por homens.
Declarações de Patricia Herrero (diretora de Sistemas de Informação), Cristina Fernández (diretora de Contract Management Projetos e Reengenharia) e Vitória Nunes (diretora da Unidade de Negócio em Portugal).
➡️ Como tem sido a sua experiência profissional num setor maioritariamente masculino?
Patricia Herrero, diretora de Sistemas de Informação da ID Logistics Iberia: “Embora ainda existam desafios em termos de igualdade de género no mundo empresarial, pessoalmente, não tive grandes dificuldades na minha carreira devido ao meu género. Além disso, na ID Logistics, tenho tido a sorte de trabalhar com equipas profissionais que valorizam a diversidade e reconhecem o valor que cada membro aporta, seja homem ou mulher”. Destaca, também, que o fosso cultural que existia no passado está a diminuir progressivamente à medida que mais mulheres assumem papéis de liderança e os homens se envolvem ativamente na luta pela igualdade de género. “É importante continuar a trabalhar para eliminar os estereótipos de género e promover uma cultura empresarial inclusiva, para que as mulheres possam sentir-se empoderadas e ter as mesmas oportunidades no mundo empresarial”, acrescenta.
Cristina Fernández, diretora de Contract Management Projetos e Reengenharia da ID Logistics Iberia: “Enquanto profissional no setor logístico, desempenhei vários cargos de gestão durante mais de trinta anos. E sinto-me otimista porque, além de ter contado sempre com o apoio necessário, tenho testemunhado uma evolução em que há cada vez mais presença e liderança feminina. No entanto, há ainda muito por fazer. Para continuar a avançar nesse sentido, é essencial que as mulheres superem o medo de entrar em áreas tradicionalmente dominadas por homens. O verdadeiro desafio reside em encorajarmo-nos a procurar oportunidades, capacitar-nos de forma constante e trabalhar arduamente para alcançar o sucesso. A transformação do panorama só é possível através da participação ativa no mesmo”.
Vitória Nunes, diretora da Unidade de Negócio em Portugal da ID Logistics: “Embora o setor logístico tenha sido tradicionalmente gerido por homens, isto não foi um obstáculo para a minha carreira. Acredito que o mais importante é trabalhar com paixão e honestidade, e sempre senti que fui recompensada por isso. É importante continuar a trabalhar em conjunto para fomentar a diversidade e a inclusão no setor e promover a igualdade de oportunidades para todos os colaboradores, independentemente do seu género. Se continuarmos a avançar nessa direção, estou confiante de que podemos alcançar um setor logístico onde a igualdade e a diversidade sejam a norma”.
➡️ Como está o setor logístico a evoluir em termos de igualdade de género?
“Embora ainda seja uma área predominantemente masculina, o setor logístico registou uma evolução significativa em matéria de igualdade de género nos últimos anos, graças aos esforços desenvolvidos no sentido de promover a diversidade e a inclusão a todos os níveis, desde a entrada de mulheres em posições operacionais até à promoção de mulheres a posições de liderança”, salienta Patricia Herrero. E acrescenta, “há cada vez mais iniciativas e programas concebidos para promover a igualdade de género no setor logístico. As empresas estão a implementar políticas de igualdade de oportunidades, medidas de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, e programas de formação e desenvolvimento para mulheres. Além disso, os estereótipos de género estão a ser eliminados e estão a ser feitos esforços para assegurar que as mulheres têm igualdade de oportunidades de acesso a cargos de direção”.
Cristina Fernández concorda com a importante evolução em matéria de igualdade de género que o setor logístico está a viver. “Nos últimos anos, temos visto como cada vez mais mulheres estão a ocupar posições de liderança no setor, o que representa um grande avanço na luta pela igualdade de género. Na ID Logistics, enquanto empresa comprometida com a igualdade, estamos a trabalhar para encorajar a inclusão de mulheres a todos os níveis da nossa organização, promovendo a formação e o desenvolvimento das aptidões e competências necessárias para desempenhar qualquer posto de trabalho, independentemente do género”.
Vitória Nunes diz que, nos últimos anos, tem havido uma maior consciencialização e compromisso do setor logístico em promover a igualdade de género. “Embora o setor seja ainda predominantemente masculino, estão a ser feitos progressos significativos no recrutamento e promoção de mulheres em funções operacionais e de liderança. Estão também a ser adotadas políticas e medidas para promover a igualdade de oportunidades, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e o desenvolvimento de carreira para as mulheres. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer para alcançar uma verdadeira igualdade de género no setor. É importante continuar a trabalhar em conjunto para eliminar os estereótipos de género e promover a diversidade e a inclusão a todos os níveis da organização”, acrescenta.
➡️ Quais as próximas medidas a adotar para alcançar a igualdade plena no setor?
Patricia Herrero tem claro que há ainda muito trabalho a ser feito para alcançar a igualdade plena no setor logístico e, para isso, é necessário continuar a tomar medidas em diferentes direções. “Por um lado, é importante continuar a promover a diversidade e a inclusão no setor e a encorajar a igualdade de oportunidades para todos os colaboradores, independentemente do seu género. É igualmente necessário sensibilizar e educar os líderes empresariais e os colaboradores para a importância da igualdade de género e a eliminação dos estereótipos de género no local de trabalho. Em terceiro lugar, devem ser implementadas políticas e práticas concretas para assegurar a igualdade de remuneração e a igualdade de oportunidades para o desenvolvimento de carreira. E, finalmente, penso que é importante estabelecer objetivos mensuráveis e acompanhar regularmente os progressos para assegurar que os avanços estão a ser feitos”, explica.
Na mesma linha, Cristina Fernández acredita que alcançar a igualdade plena no setor logístico é um objetivo fundamental que requer um compromisso ativo e constante de todas as empresas e profissionais do setor. “Na minha opinião, alguns dos próximos passos que devemos dar para alcançar a igualdade plena no setor logístico passam por encorajar a presença de mulheres em posições de liderança e direção, promovendo o seu desenvolvimento profissional e oferecendo oportunidades de formação e qualificação. A isto, devemos acrescentar a implementação de medidas que promovam a igualdade de género a todos os níveis da empresa, desde o recrutamento e seleção de pessoal até às políticas de remuneração e programas de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Tudo isto, sem descurar as iniciativas de sensibilização e formação de todo o staff da empresa em matéria de igualdade de género, para que possam contribuir ativamente para a criação de um ambiente de trabalho mais inclusivo e diversificado”.
Sobre esta questão, Vitória Nunes refere que “para alcançar a igualdade plena no setor logístico, é necessário continuar a promover a diversidade e a inclusão, e a estabelecer políticas e práticas concretas para assegurar a igualdade de remuneração e a igualdade de oportunidades para o desenvolvimento profissional. É igualmente importante sensibilizar e educar os líderes empresariais e os colaboradores sobre a importância da igualdade de género e a eliminação dos estereótipos de género no local de trabalho. Além disso, devem ser estabelecidos objetivos mensuráveis que devem ser monitorizados regularmente para assegurar que estão a ser feitos progressos no sentido da igualdade plena no setor logístico. Este é um processo contínuo que requer o compromisso e a ação concertada de todos os intervenientes”.