A despesa com medicamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ultrapassou os 1.760 milhões de euros em 2022, mais 12,1% do que no ano anterior. A fatura dos psicofármacos duplicou para 35 milhões de euros.
De acordo com o relatório do Infarmed – Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, relativo à monitorização do consumo de medicamentos em meio hospitalar no ano passado, a despesa nos hospitais do SNS atingiu os 1.762,1 milhões de euros, mais 190,9 milhões de euros do que em período homólogo.
No mesmo relatório pode ler-se que, as áreas terapêuticas com maior despesa foram a oncologia, com 549,9 milhões de euros, uma subida de 9,5%, seguido da amiloidose (doença rara), com 57,2 milhões de euros. Com 35,4 milhões de euros, os psicofármacos foram a terceira área terapêutica com maior aumento da despesa, com uma variação de 111%, mais 18,6 milhões, em relação ao ano anterior.
Os medicamentos com maior aumento da despesa foram os do VIH (Lamivudina+Dolutegravir), que custaram aos hospitais do SNS 33,4 milhões de euros, mais do que triplicando a despesa, com um crescimento de 238%.
O relatório da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde revela ainda que a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que teve um maior aumento da despesa a nível hospitalar, mais 100 milhões de euros, seguida da região Norte com mais 55 milhões de euros.
Lusa