Despedimentos coletivos mais do que duplicaram com pandemia

O número de despedimentos coletivos mais do que duplicou em 2020, segundo o relatório divulgado pelo Centro de Relações Laborais (CRL), organismo que funciona na dependência do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e que é constituído por representantes do Governo e dos Parceiros Sociais. Analisando os dados estatísticos disponibilizados pela Direção-Geral do Emprego…
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Relatório do Centro de Relações Laborais mostra que, em 2020, se assistiu a um aumento de 102,3% do número de despedimentos coletivos comunicados à Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho.
Economia

O número de despedimentos coletivos mais do que duplicou em 2020, segundo o relatório divulgado pelo Centro de Relações Laborais (CRL), organismo que funciona na dependência do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e que é constituído por representantes do Governo e dos Parceiros Sociais.

Analisando os dados estatísticos disponibilizados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), em 2020, a CRL afirma que as empresas comunicaram 698 despedimentos coletivos, que previam cerca de 8 mil trabalhadores a despedir.

Aumento de 102,3% do número de despedimentos coletivos comunicados

Comparativamente a 2019, estes valores representam um aumento de 102,3% do número de despedimentos coletivos comunicados, o que correspondeu a mais 353 despedimentos.

Quanto ao número de trabalhadores despedidos em processos de despedimento coletivo houve um crescimento expressivo de 107,8% face a 2019, o que, em termos absolutos, se traduziu num aumento de 3,9 mil trabalhadores despedidos.

De acordo com este relatório sobre emprego e formação, em 2020, o mercado de trabalho teve uma evolução negativa, assinalando-se um decréscimo de 83.000 pessoas na população ativa e de 97.000 pessoas no emprego, ao mesmo tempo que a população desempregada aumentou em 12.000 pessoas.

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