A scaleup Design Pickle é uma plataforma tecnológica criativa, que quer mudar a forma como as empresas usam serviços de design, oferecendo um serviço ilimitado, por subscrição, que inclui ilustrações, templates de apresentações, design gráfico e motion graphics totalmente personalizados, para que as empresas não tenham mais que recorrer a bancos de imagens nada personalizados para o seu marketing.
Em sete anos de atividade passou de dois elementos para cerca de 600 designers espalhados por todo o mundo, que já completaram mais de 1,25 milhões de trabalhos para mais de 4000 clientes.
A empresa surge, pelo terceiro ano consecutivo, na lista Inc. 5000 como uma das empresas americanas com mais rápido crescimento e, recentemente, recebeu um investimento de $25M da Colorado River Partners para apostar ainda mais na sua expansão.
A tecnológica, que tem em Russ Perry o seu fundador e CEO, possui “pod teams” espalhadas por todo o mundo, incluindo Portugal, onde pretende continuar a investir e contratar (designers e developers), motivo que nos levou a falar com Russ Perry e com Pedro Henriques, fundador e CEO da Bridge In, startup portuguesa que ajuda empresas estrangeiras a estabelecer operações e a recrutar no país, e que foi responsável por todo o processo de implementação da empresa em Lisboa, desde 2020.
O que faz a Design Pickle?
Russ Perry destaca o facto deste ser um serviço de assinatura de valor fixo e que se trata de uma plataforma que agrega criativos em todo o mundo que, usando um software próprio, trabalham para todo o género de empresas dos mais variados setores e dimensões no globo, ainda que os serviços estejam, igualmente, disponíveis para particulares: “Os clientes inscrevem-se, ficam ligados aos designers, trabalhando com eles todos os dias por uma taxa fixa, à semelhança do que acontece com muitas assinaturas de software que temos como consumidores”, refere Russ Perry, CEO desta empresa focada em ilustrações de design gráfico, animações gráficas e apresentações para campanhas, lançamentos, folhetos, rebranding, produtos e marketing de eventos.
“Os clientes inscrevem-se, ficam ligados aos designers, trabalhando com eles todos os dias por uma taxa fixa”, refere Russ Perry, da Design Pickle.
Numa era e num mundo digital, a Design Pickle (um nome que vem do facto de Russ Perry adorar comer pickles) surge, especialmente, vocacionada para empresas que apostem (e precisem para as suas diferentes plataformas de comunicação) de conteúdos digitais e online. Nesse sentido, agências de marketing, relações públicas e publicidade são alguns dos clientes da Design Pickle.
Outro aspeto destacado por Russ Perry está no facto de esta plataforma de trabalho colaborativo, entre clientes (que precisam de um trabalho gráfico) e designers (que irão executar o projeto), ter uma interface em Cloud, através da qual toda a comunicação e todos os contactos são feitos, o feedback da evolução do trabalho é dado e o status dos trabalhos é acompanhado.
“A dificuldade que os clientes muitas vezes têm de escolherem quem fará o trabalho não existe connosco, pois trabalhamos com uma rede vasta de designers, de cerca de 600 colaboradores, e conseguimos que o pedido e ideia do cliente chegue internamente à pessoa certa para executar essa tarefa”, garante Russ Perry.
“Os clientes gostam do modelo de taxa fixa, pois pagam o mesmo valor todos os meses, tendo o benefício de trabalhar com criativos de elevada qualidade, ficando dispensados de ter de tentar encontrar criativos que lhe agradem e peneirar entre portfólios e entrevistas”, reforça Russ Perry para quem “a facilidade da realização do trabalho para o cliente é um dos nossos maiores pontos fortes”.
A escolha de Portugal
A expectativa é que Portugal venha ser o segundo país com mais colaboradores para a Design Pickle, fora dos EUA. “Queremos construir um hub para a nossa empresa em Portugal”, adianta Russ Perry que assume ter ficado “surpreendido” com o nosso país. O CEO da Design Pickle explica a escolha de Portugal: “A empresa sempre foi remota até porque os nossos criativos são de diferentes partes do mundo, pelo que o trabalhar remotamente é algo que faz sentido para nós. Mas ao conhecermos o Pedro [Pedro Henriques, fundador e CEO da Bridge In] e a sua equipa, falaram-nos sobre a qualidade, o talento, a educação, o domínio do inglês em Portugal e o facto de o próprio país estar a fazer grandes investimentos em tecnologia. Estávamos à procura de continuar a aumentar a nossa equipa de engenharia de software e decidimos começar com uma pessoa. Como correu bem a experiência, Portugal foi escolhido”.
“Ficamos surpreendidos com Portugal”, refere o CEO da Design Pickle.
Neste momento, a equipa de developers do software da empresa em território português é composta por cinco elementos e o objetivo é duplicar esse número até final deste ano, num investimento de um milhão de euros previsto, e que passa pela contratação de especialistas em machine learning para desenvolver novas ferramentas no software da empresa. Entre essas novas ferramentas estão recomendações criativas aos clientes e um suporte à plataforma Canvas que possam facilitar-lhes a escolha de templates, mas personalizados.
Russ Perry adianta que, neste momento, a Design Pickle está a passar para uma fase mais avançada em que o cliente pode também interagir com o software, em conjunto e em articulação com os designers.
“Os clientes querem os seus próprios templates originais; não querem usar os mesmos modelos que todos os outros milhões e milhões de utilizadores. Através de um acordo com a Canvas, vamos permitir que os clientes possam solicitar um modelo do Canvas que iremos criar do zero, a partir da sua marca e do seu pedido, podendo depois entrar na sua própria conta para a sua empresa ou as suas equipes usarem”, explica Russ Perry.