Delta: “Esperamos terminar o segundo semestre a crescer 15%”

O grupo Nabeiro-Delta Cafés, através da Delta Coffee House Experience, apresentou mais um projeto inserido na gama Impossible Coffees. Depois dos Açores, do Café Catoninho de São Tomé e Príncipe e do Café Amboim, de Angola, a Delta Coffee House Experience apresentou uma nova origem: O Café da Floresta do Toki, proveniente das montanhas da…
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O CEO do grupo Nabeiro-Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, admite que do ponto de vista da faturação foi um bom primeiro semestre. A estimativa agora é terminar o atual semestre também a crescer 15%. O futuro passa pelos dois pilares estratégicos: inovação e internacionalização.
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O grupo Nabeiro-Delta Cafés, através da Delta Coffee House Experience, apresentou mais um projeto inserido na gama Impossible Coffees. Depois dos Açores, do Café Catoninho de São Tomé e Príncipe e do Café Amboim, de Angola, a Delta Coffee House Experience apresentou uma nova origem: O Café da Floresta do Toki, proveniente das montanhas da província de Chiang Mai, no Norte da Tailândia.

Este lote de café celebra o modo de vida das tribos que habitam as regiões montanhosas do norte do país, cuja história remonta à chegada dos missionários cristãos e ao apoio do antigo Rei da Tailândia, que juntos promoveram a transição da produção de ópio para o cultivo de café arábica, uma mudança que transformou a região há mais de 60 anos. Entre as comunidades encontra-se a família de Toki, para quem o café fez sempre parte do quotidiano e hoje representa também uma fonte de rendimento.

A Forbes Portugal conversou, à margem deste lançamento, com o CEO do grupo Nabeiro-Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, sobre este projeto onde se prova que o impossível não deve ser o limite e sobre das expetativas de crescimento da empresa de Campo Maior até ao final de 2025.

Esta foi a semana em que o grupo de inaugurou também o Campus > Centro de Conhecimento Comendador Rui Nabeiro, localizado em Campo Maior, e que representa a aposta contínua da Delta Cafés no conhecimento. Este Campus assinala ainda uma numa nova fase do projeto criado em 2005, sob o naming Centro Internacional Comendador Rui Nabeiro (CICRN). E marca também o arranque do programa de formação avançada inspirada na liderança de Rui Nabeiro – “Liderança de Raiz, de líderes para líderes”, e que resulta da parceria com a Nova School of Business & Economics.

A Delta prova mais uma vez que o impossível não deve ser o limite. O que é que traduz este lançamento da Delta Coffee House Experience “O Café da Floresta do Toki”, da Tailândia?

Este Impossible Coffee é um bocadinho fora da lusofonia, até aqui foi Portugal, São Tomé e Angola tudo projetos em cada um destes países. Irmos até à Tailândia tem um simbolismo muito interessante. O projeto é muito apaixonante, de uma região que produzia ópio e o converte em café, e que hoje vivem do café. O Toki, por si, é uma figura interessante, porque hoje é o símbolo de toda esta região e é o principal produtor da região. E nós comprámos 30% do café que o Toki produziu. Podemos comprar mais. E, à semelhança do que fizemos também no projeto de Angola [com a Associação das Mulheres Empreendedoras de Amboim, na província do Cuanza Sul], 10% do que vamos faturar vai ser devolvido à Tailândia para investir em infraestruturas locais.

E como está a correr o projeto em Angola?

Daqui a duas semanas estarei em Angola para entregar um cheque de 23 mil euros às senhoras que apoiámos no projeto de Angola, mas que não termina aqui. Vamos continuar a apoiá-las, mas vamos ter um momento simbólico de entrega desse cheque, que acho que é sempre uma coisa muito importante, demostrarmos na prática aquilo que realmente estamos a fazer. E a Delta acho que se diferencia por isso. Não nos limitamos a dizer o que fazemos, nós queremos mostrar o que fazemos e realmente fazemos. O Impossible Coffees, para nós, este é um momento importante, porque é um momento de continuidade. Demonstramos que continuamos empenhados em projetos que são inspiradores. E, portanto, colocamos os produtores de café ao centro, e não só o café deles, mas os produtores. E isto é muito importante, porque estas são histórias que também valorizam estes cafés. E, portanto, estamos a apoiar o Toki, que eu tive a oportunidade de conhecer nas minhas férias na Tailândia, é mais um projeto que é apaixonante.

Vai haver mais projetos Impossible Coffees?

Não vamos ficar por aqui. Vamos aguardar para conhecer este projeto também. Obviamente, o irmos para a Tailândia e a ligação que tem com a França é importante. Nós abrimos uma loja em Paris, e, portanto, na verdade, também tem um bocadinho esta conotação de ser um café que também diga algo à comunidade francesa. E, portanto, a Delta hoje está-se a transformar cada vez mais numa empresa internacional. A nossa loja em Paris traz-nos uma visibilidade diferente e uma responsabilidade ainda maior na forma como fazemos tudo o que fazemos.

Como é que está a correr o segundo semestre? Há novas lojas para abrir?

No segundo semestre não vamos abrir novas lojas. Temos uma loja possível para abrir no próximo ano, fora de Portugal. Bem, em Portugal também. Mas o importante é, dizemos, que continuamos e vamos continuar a expansão internacional. É o nosso grande foco com os dois pilares. Um pilar da inovação, em que vamos continuar a trazer muita inovação para os portugueses e continuarmos a ser esta marca que os portugueses tão gostam de beber, mas também tanto acarinham. Mas, por outro lado, lá fora, vamos continuar a nossa expansão internacional. Continuamos com ótimas performances em Espanha e em França, que são muito importantes. E o caminho é de irmos crescendo muito fora de Portugal, porque o Top 10 só se constrói se crescermos fora de Portugal.

E a faturação vai chegar a quanto este ano?

Nós terminámos o primeiro semestre a crescer 15%. Naturalmente, com os aumentos de tabela e a pressão do preço do café, que não reduz, mas, pelo menos, estabilizou. Isso é boa notícia, os preços estabilizaram. E vamos ver o que é que acontece no futuro. Mas, de facto, foi um bom primeiro semestre, do ponto de vista de faturação, e esperamos terminar perto deste valor, a crescer 15%.

 

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