O preço do ouro continua a subir, atingindo máximos históricos, impulsionado pelas tensões geopolíticas, pela queda do dólar e dos rendimentos de tesouro e mais recentemente pelas declarações de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (FED).
Numa análise do comportamento do mercado, Oliver Stevens, diretor de desenvolvimento de produtos e expansão de mercados da Flow Community, considera que os comentários do presidente do FED reforçam as expectativas do mercado de um corte nas taxas de juro no mês de setembro. Oliver Stevens realça que, normalmente, este movimento aumenta a atratividade do metal, já que, reduz o custo de oportunidade de deter um ativo não rentável, como o ouro.
Jerome Powell, no seu discurso no Simpósio de Jackson Hole, demostrou vontade por parte da reserva federal norte-americana em ajustar a política monetária com base nos próximos dados económicos. O mercado perspetiva um corte nas taxas de 25 pontos base ou 50 pb na próxima reunião de setembro, podendo chegar aos 100 pontos base até ao final do ano, apoiando o mercado nos preços que pratica.
O mesmo analista lembra que a recente queda do dólar e dos rendimentos do Tesouro, que atingiram os níveis mais baixos deste ano, “também contribuiu para a subida dos preços do ouro. Qualquer descida adicional destes fatores poderá beneficiar ainda mais o ouro”.
As incertezas económicas no geral, geram interesse no ouro como um ativo de refúgio. A tensão geopolítica, principalmente, no Médio Oriente continua a sustentar o apelo pelo metal precioso e apoia o seu preço.