“Uma rentrée para o melhor dos tempos e para tempos melhores”. É desta forma que a Penguin Random House descreve as novidades literárias que apresentou esta quinta-feira, na Biblioteca Palácio Galveias, em Lisboa.
Clara Capitão, diretora editorial, começou logo por destacar o livro de Miguel Carvalho: “Por dentro do Chega”. “É de um jornalista o livro mais importante e corajoso desta temporada. Não devia ser um livro corajoso, devia ser normal publicar uma investigação jornalística sobre um partido de extrema direita. Mas, como sabem, nunca estivemos, em tempos de democracia, tão amordaçados como estamos hoje. E, portanto, este livro é um ato de coragem e orgulha-nos muito”, afirmou.
Além deste livro, serão várias as obras lançadas em cada uma das chancelas da editora.
Da parte da Alfaguara, os destaques entre setembro e outubro são “A Malcriada”, o segundo romance de Beatrice Salvioni, “Os nomes de Feliza”, de Juan Gabriel Vásquez, “Na casa dos sonhos”, a memória de abuso durante o tempo da faculdade escrito por Carmen Maria Machado, “Ladivine”, de Marie NDiaye, “A nossa hora”, escrito por Héctor Abad Faciolince sobre um momento que viveu durante a guerra na Ucrânia, e “O que não sei de ti”, escrito por Éric Chacour e descrito pela imprensa francesa como “uma estreia que já parece um clássico”.
Na Companhia das Letras, destaque para “Os Substitutos” (Bernardo Carvalho), “A chuva que lança a areia do Saara” (Ana Margarida de Carvalho), “A justa desproporção” (Daniel Jonas), “A chefe dos maus” (Ricardo Adolfo) e “Inventário da solidão”, de João Tordo. A chancela continua ainda a publicação das obras de Clarice Lispector, com “A legião estrangeira”.
A Cavalo de Ferro apresenta livros como “Labirinto à beira-mar”, de Zbigniew Herbert, “Dei-te olhos e viste as trevas”, de Irene Solà, e “Vaim”, do prémio Nobel da literatura Jon Fosse. Esta cidade fictícia criada por Fosse é o primeiro livro que o autor publica após ser distinguido em 2023.
Na Elsinore, os destaques são: “A guerra não tem rosto de mulher” e “As vozes de Chernobyl – História de um desastre nuclear”, da também nomeada a prémio Nobel da literatura Svetlana Alexievich, “O Colapso”, de Édouard Louis, “A estrada de Donbas”, o livro publicado por Serhij Zhadan em 2010 que voltou a ganhar destaque, e “Atlas de ilhas remotas”, de Judith Schalansky.
“Mensagem”, de Fernando Pessoa, “Matar um elefante e outros ensaios”, de George Orwell, e “Utopia”, de Thomas More, são os três livros que se juntam à coleção de clássicos da Penguin.
Da parte da Iguana chega um livro de ilustrações que retrata a realidade de qualquer mulher que já passou por situações de assédio e abuso: “Manda msg qd chegares”, de R.G.B.. Destaque ainda para “Celeste e Proust”, de Chloé Cruchaudet, e a obra comemorativa dos 75 anos da tira dos Peanuts, “O indispensável do Snoopy” de C. M. Schulz.
“Os periquitos somos nós” (Alex Couto) e “Todas as famílias felizes” (Miguel D’alte) são os destaques da Suma. O primeiro é um romance sobre arte. especulação e a crise da habitação, enquanto que o segundo se trata de um thriller.
A Toplseller e a Secret Society apresentam alguns dos livros que estão a dar que falar entre as comunidades de leitores nas redes sociais, como “Os favoritos” (Layne Fargo), “Um ano fora” (Elle Kennedy) e “Wild Reverence: Entre o rio e as estrelas” (Rebecca Ross).
“Por dentro do Chega” é, então, um livro da Objetiva, que lança também “Contra o progresso” de Slavoj Zizek e “25 de Novembro” de Paulo Moura.
Por fim, da Vogais chegam “Henrique V”, de Dan Jones, a história daquele que é considerado o maior rei guerreiro de Inglaterra, e “O caso Estaline”, de Giles Milton.