A confirmar a teoria de que em equipa vencedora não se mexe, a Hästens continua a apostar no mesmo produto, com os mesmos materiais, geração após geração. A marca é conhecida pelas camas mais caras do mundo, mas a sua história vai muito além desses números. Passa por Köping, na Suécia, caracteriza-se pela tradição, representa uma família e é palco para duas histórias de amor.
1862
Pehr Adolf Janson, o fundador da Hästens, torna-se um mestre selador certificado. Na altura, confecionava colchões com o pelo da cauda dos cavalos.
1800s
No final da década de 80, a segunda geração da família assume a profissão de seladores e fabricantes de cama. Eram os filhos de Pehr Adolf: Per Thure e Adolf Fredri.
1917
O filho de Per Thure, David Janson, assume o comando da empresa, e o foco muda. É a partir deste momento que as camas se tornam a principal prioridade da marca, até porque os cavalos deixavam de ser o meio de transporte mais popular. Para o assinalar, foi desenhado o primeiro logótipo da Hästens.
1924
Ainda se falou na possibilidade de levar a Hästens para Estocolmo, mas Köping acabou por ser o destino escolhido. Na base da decisão está a história de amor entre David e Astrid, visto que ela não queria deixar a sua cidade natal.
1926
Apesar de o foco continuar o mesmo – as camas – a partir deste ano a Hästens começou a apostar em outros acessórios. Começou pelos edredões e almofadas, mas hoje já tem pijamas, lençóis ou chinelos de quarto.
1950
O desenho de Ralph Erskine para a nova fábrica da marca foi apresentado em 1948. Foram necessários dois anos para o projeto ficar concluído.
1952
A relação entre a Hästens e a família real da Suécia tem muitos anos de história. Em 1952, o rei Gustavo VI Adolfo apontou a marca como o fornecedor oficial da corte pela primeira vez.
1963
Solveig Ryde e o seu marido, Jack, assumem a operação e tornam-se a quarta geração da família a fazê-lo. É nesta altura que o sobrenome dos líderes passa de Janson para Ryde, depois de Solveig adotar o nome do marido.
1978
Este é um dos anos que mais impacto têm na história da marca, e tudo por causa de um padrão. Jack Ryde desenhou o Hästens Blue Check, que ainda hoje é a imagem de marca da empresa. O seu background em engenharia levou-o a querer simplificar o processo de produção com as linhas do padrão. Hoje, mais de 70% dos clientes da Hästens optam pelo Blue Check.
1988
Entra a quinta geração da família, com Jan Ryde na liderança. É novamente o amor que leva a todas as decisões. Jan não queria estar envolvido no negócio da família, mas uma visita à fábrica foi suficiente para mudar de ideias, depois de conhecer Anne-Lie, com quem acabou por casar. O desafio a partir daqui passa por levar e manter a tradição ao longo do século XXI.
1995
A relação com a família real sueca continua, e o rei Carlos XVI Gustavo torna-se o segundo monarca consecutivo a apontar a Hästens como fornecedor real.
1998
O negócio continuou a crescer, mas sair de Köping não era uma opção para Ryde. A solução encontrada foi a extensão da fábrica, um projeto novamente liderado por Ralph Erskine.
2017
O lançamento das camas Marwari e Appaloosa, ambas desenhadas por Bernadotte & Kylberg. Mais uma prova de que a Hästens nunca passou despercebida à coroa sueca, uma vez que um dos príncipes do país é o coproprietário desta agência de design. Bernadotte é o apelido do príncipe Carlos Filipe.
2020
Em colaboração com o designer Ferris Rafauli foi lançada a Grand Vividus, uma cama que neste momento tem um custo superior a 500 mil euros. É a favorita de celebridades como Drake, um dos que já confessaram tê-la na sua casa, em Toronto.