A 2TM, holding que controla a plataforma Mercado Bitcoin, de negociação de ativos digitais, adquiriu uma participação maioritária na Criptoloja, uma corretora de ativos digitais sedeada em Lisboa e que começou a operar em Portugal em julho de 2021.
O Banco de Portugal concedeu à empresa, em junho deste ano, a primeira licença para operar no mercado de criptoativos no país. A operação está sujeita à aprovação do órgão regulador.
A portuguesa Criptoloja está autorizada a operar, desde junho de 2021, pelo Banco de Portugal.
“O negócio cripto é global e as rondas Série A e B de captação que fizemos dão-nos a força necessária para participar intensamente deste cenário. Portugal é um mercado estratégico porque, além de exigir licença específica e ter importância crescente no cenário cripto, mostra um caminho para o mercado europeu. Além da capacidade financeira, os nossos investidores trouxeram a excelência tecnológica necessária para competirmos globalmente”, afirma Roberto Dagnoni, CEO do Grupo 2TM.
Objetivo: expansão na Europa
A holding pretende iniciar a sua expansão na Europa com uma operação “OTC like” (mercado de balcão) e, num segundo momento, levando a plataforma completa do Mercado Bitcoin também para o retalho e para investidores institucionais. “Vamos ter acesso ao mercado europeu com claras sinergias com a nossa presença na América Latina, pois compartilhamos o mesmo idioma, marca reconhecida e oportunidades de cross-sell para clientes. Além disso, existem muitos brasileiros vivendo em Portugal que adorariam investir através da nossa plataforma”, disse Dagnoni.
“Portugal é um mercado estratégico porque, além de exigir licença específica e ter importância crescente no cenário cripto, mostra um caminho para o mercado europeu”, diz Roberto Dagnoni.
A 2TM vê muitas vantagens em operar no ambiente em processo crescente de regulação da União Europeia. “É um caminho que procuramos no Brasil e entendemos que é o caminho para a institucionalização do mercado. Estar em Portugal é uma importante vantagem competitiva para grandes clientes B2B e operações OTC”, explica o executivo.
Dagnoni afirma ainda que esse movimento estabelece a presença da holding num ecossistema de fintech e blockchain emergente na Europa, uma vez que Portugal é considerado um dos países mais amigos da criptografia naquele continente.
A 2TM é uma holding composta por nove empresas do mercado do Bitcoin, financiada pelo SoftBank.
Luís Gomes e Pedro Borges, fundadores da Criptoloja, vão manter-se à frente do negócio e vão liderar a expansão da 2TM no continente. “Não há dúvida de que estar com uma companhia investida pelo SoftBank, ou de fundos como Tribe e 10T, contribui para a construção da nossa reputação em Portugal. Além disso, há a expertise da empresa na construção de uma exchange forte, a maior em ativos digitais de toda a América Latina, e com a clara missão de transformar o setor na Região. Queremos fazer o mesmo com Portugal e Europa” diz Luis Gomes.
Pedro Borges explica que o ecossistema cripto está a florescer em Portugal. “No país, as criptomoedas são ainda um tema embrionário, mas com um potencial imenso. Os ativos virtuais, assentam na tecnologia blockchain, absolutamente disruptora que terá uma procura e utilização exponencial. Queremos que a Criptoloja e as nossas plataformas sejam o lugar a ir, sempre que alguém, particular ou empresa, pense em transacionar, investir, negociar ou simplesmente trocar ideias sobre criptomoedas”.