A construtora Garcia Garcia registou um crescimento de 46% nas suas receitas, atingindo uma faturação de 110 milhões de euros, em 2022, ano que foi ainda marcado pela inauguração da nova sede da empresa, em Santo Tirso. Nos últimos dois anos, o crescimento acumulado foi de 35,5%, o que representa uma saudável recuperação face a 2020, ano do início da pandemia e no qual se sentiu um abrandamento da atividade.
A construtora nacional, especializada no design e construção de edifícios industriais, logísticos, comerciais e hoteleiros, alcançou assim, no ano passado, o seu melhor exercício de sempre. Em 2022 realizou projetos para empresas como a Garland, a BorgWarner, a Lingote, a WEG e a B&B Hotels e continua a atrair investimento estrangeiro, uma vez que este significa uma parte importante da sua carteira de clientes.
“Estamos a desenvolver projetos em várias áreas, desde a logística, passando pela indústria, residencial e hospitality”, diz Miguel Garcia.
Cerca de 80% das suas obras realizaram-se no setor industrial e logístico, sendo que o residencial e o de hospitality representou 15%. Ao retalho coube uma parcela de apenas 5%. A especialização na área industrial e logística atribui-lhe projetos como o novo centro logístico da Garland, em Valadares, Vila Nova de Gaia, a nova unidade industrial da Borgwarner, no Parque Industrial de Lanheses, em Viana do Castelo. A construtora realizou ainda construções como a nova unidade industrial da Lingote, em Fafe, e a nova unidade industrial da WEG, em Santo Tirso.
A ampliação do parque empresarial da Ermida, em Santo Tirso, do qual a empresa é proprietária, é um dos investimentos que está a realizar em 2023. A expansão, já em curso, irá transformar o parque, que passará de uma área de 36 hectares para uma área total de 110 hectares.
“Não obstante as perspetivas menos animadoras para a economia em geral e da tendência de abrandamento, acreditamos num ano de 2023 globalmente positivo. Estamos a desenvolver projetos em várias áreas, desde a logística, passando pela indústria, residencial e hospitality. O mercado privado, onde encontramos espaço, reconhece-nos competência e credibilidade. E é aqui que acreditamos que poderemos encontrar oportunidades que nos permitam estar em contraciclo com os cenários traçados.”, refere Miguel Garcia, administrador da empresa.