O Facebook e uma equipa de empresas de telecomunicações, globais e africanas, vão acrescentar mais quatro países ao seu projeto de instalar o maior cabo submarino do mundo, ampliando a iniciativa ao continente africano antes do previsto.
A conectividade da Internet será expandida para as Seychelles, Ilhas Comores, Angola, além de um novo ponto de ligação no sudeste da Nigéria. Este desenvolvimento segue-se à extensão recentemente anunciada para as Ilhas Canárias.
O consórcio do projeto, denominado 2Africa, compreende a MTN GlobalConnect da África do Sul, o Facebook, o fornecedor de infraestruturas baseado nas ilhas Maurício WIOCC, a China Mobile International, a Orange SA da França, a Stc da Arábia Saudita, a Telecom Egypt e a Vodafone.
O cabo pretende conectar os países da Europa, África e Médio Oriente.
A Alcatel Submarine Networks (ASN) foi selecionada para instalar o cabo e as novas “ancoragens”, as quais irão aumentar o número de pontos de ligação em terra da iniciativa 2Africa para 35 em 26 países, melhorando, em termos práticos, ainda mais a conectividade dentro do continente africano e as comunicações de e para África.
“A maior parte da atividade de pesquisa de rotas submarinas está concluída. A ASN começou a fabricar o cabo e a construir unidades repetidoras nas suas fábricas em Calais e Greenwich para implementar os primeiros segmentos em 2022”, afirmaram as empresas.
O cabo de comunicações deve entrar em operação no final de 2023.
Os cabos submarinos constituem a coluna dorsal da Internet, transportando 99% do tráfego de dados do mundo.
Apesar do rápido crescimento do uso de Internet entre a população das grandes economias de África, fruto da expansão das redes de banda larga móvel e de smartphones mais acessíveis, o continente africano ainda tem baixas quotas de utilizadores de net, considerando a sua vasta população, com uma média a rondar os 20% contra a média mundial de 51%.
Ou seja, a margem de progressão é enorme e o 2Africa reivindica ser o maior projeto de cabo submarino do mundo.