Portugal tem a oitava maior reserva de lítio do mundo e a maior da Europa, com um potencial de exploração de 60 mil toneladas. O lítio é um metal alcalino, pouco denso – que pode ser cortado à faca – cuja procura mundial está ao rubro, pois é essencial para o fabrico de baterias dos equipamentos eletrónicos e para as baterias dos veículos elétricos.
Em Portugal, desde 2018, que se espera que o país se torne um dos maiores produtores da Europa, mas a exploração deste metal tem sido envolta em polémica, sobretudo em Montalegre, onde a empresa Savannah tem uma licença para explorar a mina do Barroso. Vários são os investidores interessados em obter um lugar nesta indústria, como empresário português Mário Ferreira, que reforçou recentemente a sua participação na Savannah Resources, alcançando os 10% do seu capital.
O lítio tem cada vez maior procura mundial, para as baterias de equipamentos eletrónicos e veículos elétricos, com a Austrália a dominar a produção mundial, segundo os dados de 2023.
São três os países que controlaram 88% da produção mundial de lítio em 2023: Austrália, Chile e China. A Austrália viu a sua produção crescer de 13 mil toneladas em 2013 para as 86 mil em 2023, tendo alcançado o primeiro lugar do pódio mundial. O Chile alcançou a segunda posição, tendo a sua produção crescido, em 10 anos, de 13,5 mil toneladas para as 44 mil, com a China a aproximar-se de perto. De 4 mil toneladas que este país asiático explorava há 10 anos, a a sua produção está agora nas 33 mil.
Conheça os oito maiores produtores do mundo, segundo os dados de 2023:
1 – Austrália: 86 mil toneladas
2 – Chile: 44 mil toneladas
3 – China: 33 mil toneladas
4 – Argentina: 9,6 mil toneladas
5 – Brasil: 5,9 mil toneladas
6 – Canadá: 3,4 mil toneladas
7 – Zimbabué: 3,4 mil toneladas
8 – Portugal: 380 toneladas