A Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou que não se opõe à compra da Lineas pela Impact III e pela Mota-Engil.
Em comunicado, a AdC refere que o seu Conselho de Administração deliberou “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, por considerar “que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste”.
A AdC dá, assim, luz verde à compra da Lineas, que detém participações de controlo em empresas que gerem infraestruturas de transporte – como a Lusoponte (Ponte 25 de Abril e Ponte Vasco da Gama, em Lisboa) ou a Douro Interior (IC5, entre Murça/Alijó e Miranda do Douro, e IP2, entre Bragança e Guarda).
A operação de concentração tinha sido anunciada em fevereiro e “consiste na aquisição, pela Impact III S.à.r.l. (‘Impact III’), um fundo gerido pela entidade gestora Serena Industrial Partners GP, S.à.r.l. (‘Serena’) e pela Mota Engil, Concessões, S.A. (‘Mota-Engil’), do controlo conjunto da LineasConcessões de Transportes, SGPS, S.A.(‘Lineas’)”.
De acordo com a ficha do processo, a Impact III é uma empresa-veículo sediada no Luxemburgo “utilizada para fins de investimento em projetos de infraestruturas”, sendo que nenhuma das suas empresas se encontra presente em Portugal.
Já a Mota-Engil, Concessões, concentra a sua atividade “nos setores de obras públicas e privadas, recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, produção de eletricidade, carregamento de veículos elétricos e manutenção de edifícios e infraestruturas industriais”.
Lusa