O número total de compras físicas e online atingiram, pela primeira vez em 2021, valores acima dos registados antes da Covid-19, quer em relação ao período homólogo de 2019, quer em comparação com os primeiros meses de 2020, caracterizado como a “fase do antigo normal”.
Os dados registados pelo SIBS Analytics, portal de indicadores de consumo em Portugal, aponta que o fato se deve, sobretudo, ao comércio online, que tem vindo a registar um crescimento significativo ao longo da pandemia, estando atualmente 51% acima dos níveis registados no antigo normal.
No relatório, a que a FORBES teve acesso, refere-se ainda que, no período antes do aparecimento do novo coronavírus, o comércio virtual representava apenas 10% do total das compras eletrónicas, sendo que este valor chegou a representar 18% em fevereiro de 2021, fixando-se atualmente nos 14%.
No mesmo cenário, o serviço MB WAY, como forma de pagamento, chegou a registar crescimentos quatro vezes mais ao número de compras realizadas em fevereiro deste ano face ao “antigo normal” e de 3,6 vezes na primeira semana da 3ª fase de desconfinamento.
Enquanto isso, o comércio físico, embora o consumo já esteja acima dos valores homólogos de 2019, está ainda 5% abaixo do verificado no período antes da pandemia, mas em crescimento desde março de 2021 e, na semana de 19 a 25 de abril, chegou mesmo a ser superior ao registado no período homólogo dos dois últimos anos, indica o documento.
Também, via online, indica o relatório, as compras com MB WAY têm crescido exponencialmente, sendo atualmente 4,8 vezes superior ao registado anteriormente, comprovando que a plataforma é cada vez mais o serviço de pagamentos móveis preferido dos portugueses, consumidores e empresas, “pela sua comodidade e segurança”.
No que tem que ver com a análise setorial, o relatório mostra que os negócios mais impactados durante o período de confinamento – alojamento turístico, restauração, transporte de passageiros e moda e acessórios – apresentam um gradual retorno com as diferentes fases de reabertura, sendo que na penúltima semana encontravam-se ainda a 16% face ao período pré-pandémico.
Por sua vez, os setores do pequeno comércio – mercearias, mini-mercados e similares, produtos alimentares, bebidas e tabaco – mantém-se em contraciclo, com incrementos do número de compras eletrónicas a rondar os 24%, tanto feitas fisicamente com virtualmente.