Como preparar diferentes gerações para um mundo em mudança

O estudo “Tomorrows Skill’s” — feito em vários países com o intuito de auscultar as tendências das competências necessárias e valorizadas no mercado de trabalho — revela que 70% dos inquiridos acredita que as próximas gerações vão trabalhar em profissões que hoje ainda não existem. Como é que esta expetativa de constante reinvenção profissional molda…
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Face à transformação acelerada do mundo do trabalho, a Presidente da Fundação Santander Portugal, Inês Rocha de Gouveia, sublinha a importância da requalificação contínua e da valorização das diferentes gerações no mercado de trabalho.
Forbes LAB

O estudo “Tomorrows Skill’s” — feito em vários países com o intuito de auscultar as tendências das competências necessárias e valorizadas no mercado de trabalho — revela que 70% dos inquiridos acredita que as próximas gerações vão trabalhar em profissões que hoje ainda não existem. Como é que esta expetativa de constante reinvenção profissional molda a forma como as empresas devem abordar a geração Z no momento de recrutar e integrar talento?

Se há geração a que devemos estar atentos é a geração Z, que abrange um intervalo de idades muito importante na modelação da personalidade. Entre os 13 e os 28 anos, escolhemos a área de trabalho, decidimos e concorremos à universidade e entramos no mercado de trabalho. Esta geração toma decisões estruturais num cenário de grande incerteza — 70% dos jovens dizem que o seu trabalho futuro ainda está por ser criado. É preciso fomentar a aprendizagem de competências do futuro como pensamento crítico, colaboração, comunicação e resolução de problemas complexos. No recrutamento e integração destes jovens, temos de oferecer estruturas flexíveis que valorizem a aprendizagem on the job. Esta geração entra num mercado onde coexistem diferentes gerações, com grande diversidade de perfis. As instituições — empresas incluídas — devem criar ambientes de aprendizagem intergeracionais. A mudança deve ser lide- rada por quem valoriza o conhecimento e investe numa cultura de aprendizagem contínua. Caso contrário, as organizações arriscam-se a ficar no passado. A frase chave é: “aqui vais poder crescer e reinventar-te todos os dias”

O estudo mostra que 81% sente necessidade de aprender ao longo da vida, e quase metade valoriza mais a experiência prática do que a formação formal. Como podem as empresas criar percursos de aprendizagem flexíveis que respondam a estas expetativas, sem alienar o capital das gerações com mais experiência?

Em Portugal, a percentagem está acima da média global: 86% consideram a aprendizagem ao longo da vida “muito” ou “bastante importante” e 66% acreditam que o conhecimento em Inteligência Artificial (IA) será crucial para se manterem no mercado. Existe uma predisposição natural dos portugueses para a inovação e para se rein- ventarem. Temos de fomentar esta atitude positiva face ao desenvolvimento tecnológico. As grandes empresas oferecem formação para requalificação e é preciso adaptar os conteúdos, focando a capacitação digital e o desenvolvimento de competências socioemocionais. Para apoiar colaboradores de PME sem acesso a estas soluções, e pessoas mais ávidas de conhecimento, existe a Santander Open Academy. Em 2024, 100.000 portugueses acederam a cursos, bolsas ou outros conteúdos nesta que é a única plataforma de e-learning totalmente gratuita em Portugal. Esta reaprendizagem não beneficia apenas os trabalhadores – quem mais ganha são as empresas, que passam a contar com profissionais mais qualificados e preparados para o futuro.

Olhando para tendências como a ascensão da inteligência artificial, o crescimento das plataformas digitais de aprendizagem e a mobilidade dentro das carreiras — todas identificadas no estudo — que transformações concretas prevê para as relações de trabalho nos próximos anos?

As relações de trabalho, tal como o mundo em que vive-mos, estão a sofrer alterações relevantes. O impacto da inteligência artificial é incrível, permitindo maior eficiência em várias tarefas e, ao eliminar empregos associados a tarefas mais burocráticas, gera um vasto conjunto de novas oportunidades. É fundamental que a IA seja incorporada no ensino e nas empresas e que as pessoas tirem o maior proveito destas ferramentas. Se é verdade que a Inteligência Artificial ganha cada vez mais palco, torna-se ainda mais relevante a capacidade humana de a aplicar com ética, diligência, segurança e compliance. Acredito que empregos relacionados com a correta aplicação da IA serão essenciais e altamente valorizados. Vão surgir muitos empregos e trabalhos novos, que nos vão permitir maior realização pessoal e profissional.

E como é que ferramentas como o Santander X ou o Santander Open Academy podem ajudar empresas e profissionais a antecipar estas mudanças?

Estas plataformas digitais gratuitas e abertas à sociedade em geral, oferecem conteúdos formativos muito atuais que podem ser consumidos de forma digital e assíncrona. O Santander Open Academy destina-se à população em geral e o Santander X para os empreendedores e líderes de pequenas e médias empresas. O objetivo é contribuir para que cada vez mais pessoas

se requalifiquem ao seu ritmo nas áreas que considerem mais relevantes para si, de forma a garantir o acesso a competências essenciais para que as organizações possam prosperar. Sabemos que 50% da força de trabalho global precisa de ser requalificada até 2025, são os dados do Fórum Económico Mundial – e tanto o Santander X como a Santander Open Academy querem ajudar a dar esse salto para o futuro.

SANTANDER ABRE PORTAS AO FUTURO

Santander Open Academy: Plataforma gratuita e aberta à sociedade, com conteúdos de e-learning atualizados em áreas como competências digitais, socioemocionais e inteligência artificial. Em 2024, chegou a 100.000 portugueses. Santander X: Direcionada a empreendedores e PME, apoia a requalificação e a inovação com conteúdos adaptados às novas exigências do mercado.

Este conteúdo foi produzido em parceria com o Santander.

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