O impacto da pandemia no turismo foi tremendo e o Relatório de Sustentabilidade 2020 do gigante MSC Cruzeiros revela que o “rombo” nas receitas na indústria de cruzeiros não teve precedentes.
Refere a empresa que tendo suspendido abruptamente todas as viagens de toda a frota em março de 2020, a MSC Cruzeiros teve que transportar dezenas de milhares de passageiros em segurança até casa numa questão de dias, de estabelecer um regime de espera para a frota e começar a repatriar a grande maioria dos quase vinte mil tripulantes perante um ambiente fronteiriço cada vez mais apertado.
Devido a essa suspensão, a MSC Cruzeiros viu o número de dias da operação comercial diminuir em 75% e o número de passageiros transportados em 78%.
Com as fronteiras fechadas e os períodos de isolamento a que estiveram sujeitos, alguns elementos da tripulação não conseguiriam regressar a casa durante vários meses, dá conta a empresa.
Plano de adaptação à pandemia
Enquanto a companhia ia em busca de formas viáveis de os repatriar em segurança, a equipa especializada da MSC Cruzeiros em terra oferecia aos membros da tripulação apoio psicológico e assistência contínua em grupo e individual para ajuda no combate à solidão.
Com o início da pandemia, a MSC Cruzeiros, estabeleceu também a infraestrutura necessária para permitir uma transição suave para o trabalho remoto para os funcionários em terra.
O número de dias da operação comercial diminuiu em 75% e o número de passageiros transportados caiu em 78%.
Uma plataforma de comunicação a nível global foi introduzida para manter a atividade conectada, com formações online. Mais de 700 funcionários em terra participaram nestas sessões, permitindo uma transição eficaz para o trabalho remoto seguro e protegido.
“Graças a isto, a MSC Cruzeiros tornou-se na primeira companhia de cruzeiros a obter a aprovação das autoridades nacionais e regionais relevantes para regressar às operações de cruzeiros na região do Mediterrâneo”, destaca a empresa.
O retomar dos cruzeiros aconteceu em 16 de agosto, com o MSC Grandiosa a partir de Génova, em Itália, numa viagem de sete noites, tendo testado todos os passageiros e tripulação antes do embarque, com rastreios periódicos a todos a bordo e com planos de contingência para gestão de casos suspeitos com as autoridades de saúde locais.