Como está a sua empresa em diversidade, equidade e inclusão? Já existe uma ferramenta para medir

O BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, lançou a iniciativa (im)Pacto Pelas Pessoas, criada para apoiar as organizações no fortalecimento de práticas inclusivas e equitativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Num contexto de crescentes desafios sociais, a iniciativa pretende promover ambientes de trabalho mais justos e representativos e melhorar a qualidade…
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O BCSD Portugal lançou um autodiagnóstico que permite às organizações avaliar o grau de maturidade em práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão. Dezoito empresas já experimentaram a ferramenta, que promete inspirar planos de ação e medir progressos ao longo do tempo.
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O BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, lançou a iniciativa (im)Pacto Pelas Pessoas, criada para apoiar as organizações no fortalecimento de práticas inclusivas e equitativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).

Num contexto de crescentes desafios sociais, a iniciativa pretende promover ambientes de trabalho mais justos e representativos e melhorar a qualidade de vida das pessoas, através de uma gestão inclusiva e eficaz do capital humano. O foco incide em três áreas críticas: igualdade de género, diversidade geracional e inclusão de pessoas com deficiência.

O ponto de partida é a nova ferramenta de Autodiagnóstico de Maturidade DEI.

Acessível a empresas com atividade em Portugal, membros e não-membros BCSD Portugal, a ferramenta pretende ajudar as equipas a refletir sobre as práticas DEI em curso, identificar oportunidades de melhoria, inspirar um plano de ação consistente e medir o progresso da empresa ao longo do tempo, através de uma abordagem estruturada e orientada para a ação.

No primeiro workshop (im)Pacto pelas Pessoas, que serviu de apresentação desta nova ferramenta, Filipa Pantaleão, secretária-geral do BCSD Portugal, alertou para a importância de haver políticas robustas de DEI nas empresas: “[DEI] não é apenas um tema social – impacta diretamente a competitividade e o desempenho financeiro, ajuda a atrair e reter talento, reforça a reputação e confiança junto dos stakeholders, e responde a exigências regulatórias e de mercado. Empresas inclusivas são mais inovadoras, mais resilientes e mais preparadas para o futuro”.

“Tal como em qualquer processo de transformação, precisamos de saber onde estamos para conseguirmos definir para onde queremos ir”, explicou Maria Sousa Martins, gestora de Conhecimento e Formação do BCSD Portugal. “Só conhecendo o nível de maturidade DEI e identificando pontos fortes, lacunas e prioridades, é que podemos passar da intenção aos resultados concretos”.

A ferramenta foi apresentada neste workshop e explorada por 18 empresas: Millennium BCP, Mota-Engil, CUF, Highgate Portugal, Stravillia, SIBS, Banco Português de Fomento, UHY International, ManpowerGroup, Insula Capital, Floene, BNP Paribas, LIPOR, The Navigator Company, Germano de Sousa, Hychem, Maze e Fapil.

Foram avaliadas cinco dimensões: estratégia e compromisso, governance e accountability, gestão de talento, cultura empresarial e relação com stakeholders externos. Após a avaliação, as empresas identificaram lacunas e oportunidades de melhoria nos seus processos: apesar de haver algumas práticas dispersas e não integradas numa estratégia DEI (e ainda que diferentes entre empresas), concluiu-se que existe a necessidade de melhorar a definição de objetivos e metas, bem como a forma como acompanham e monitorizam o seu progresso nestes desafios sociais.

“Apenas as empresas com conceitos cimentados em DEI, no que toca a responsabilidade, ética, competitividade e resiliência, conseguem ‘manter a casa de pé’, afirmou Tiago Carrilho, diretor de Conhecimento e Formação do BCSD Portugal, referindo que “este é o grande objetivo da ferramenta de Autodiagnóstico de Maturidade DEI. E para tal, é fundamental haver formação que crie uma cultura de competências em DEI e assim, gere maturidade”.

Cláudia Carocha – Diretora de Inovação e Projetos do BCSD Portugal, enfatizou que, “depois da autoavaliação e da formação, as empresas passam a estar preparadas para desenvolver ações concretas e mensuráveis em DEI, e monitorizar e reportar o seu progresso de forma estruturada”. “Agora, estão preparadas para criar ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos, e para responder a exigências de reporte, certificações e compromissos públicos nesta área”, concluiu.

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