Uma década e meia de iniciativas e programas de saneamento básico não alteraram com a necessária profundidade o problema do saneamento básico no país, sobretudo na capital. Anjo Fudiela sabe-o, sente-o desde a infância e, tal como alguns outros activistas, académicos e empreendedores, propõe-se começar a alterar o rumo tantas vezes inconsequente das políticas implementadas.
“Iremos trabalhar na sensibilização das populações sobre o consumo responsável e na reciclagem, criando emprego e desenvolvendo a economia em torno do lixo”, promete o empresário à FORBES. Na memória tem ainda o quadro degradante do bairro Cantiton, na Maianga (Luanda), onde cresceu rodeado de lixeiras a céu aberto e um caos tão profundo que a lixeira servia de campo de jogo para as crianças. O choque multiplicou-se quando viajou para França e conheceu uma realidade tão distinta quanto o dia e a noite. No país europeu, onde está a frequentar o mestrado em Engenharia Química e Processos, nasceu-lhe a inspiração para o que quer fazer em Angola. Um sonho interligado com a reconstrução do país para conhecer na FORBES de Novembro.