Há 50 anos, a 3 de abril de 1973, nasceu o primeiro código de barras, que inaugurou a nova era da distribuição moderna e revolucionou processos de negócio, oferecendo uma maior eficiência às cadeias de valor.
A Portugal chegou em 1985, há 38 anos, introduzido pela GS1 Portugal, que atribuiu, desde o início da sua atividade, 15307 códigos CEP – Código de Empresa Portuguesa, refere a empresa.
“A utilização dos códigos de barras permite a leitura rápida e precisa de dados, uma maior gestão de stocks, a redução de custos operacionais, a rastreabilidade e transparência das cadeias de valor, a eficiência dos processos e, como resultado cumulativo de todas estas variáveis, o aumento da produtividade, da competitividade e o desempenho mais sustentável das empresas”, destaca a GS1 Portugal.
Esta empresa realça ainda que “a monitorização e controlo em tempo real das cadeias de valor permite a diminuição de erro e proporciona uma melhor experiência ao cliente, ao evitar erros na identificação de produtos e uma maior velocidade e eficiência nas transações”.
A origem do código de barras
As bases da criação do código de barras foram lançadas em 1948, nos Estados Unidos, quando Joe Woodland e Bob Silver desenvolveram um sistema para um supermercado de bairro capaz de identificar os produtos à saída da caixa.
Contudo, a tecnologia disponível na altura não era suficiente para dar resposta a esta ideia, pelo que a sua concretização apenas começou a ser possível nos anos 50 e 60 – o início de uma nova era tecnológica -, com o lançamento do primeiro laser, que veio alavancar o processo de leitura dos códigos de barras.
A 3 de abril de 1973, os líderes do retalho nos Estados Unidos conceberam um standard único, o Código de Barras GS1.
“O código de barras é um marco histórico para a distribuição moderna, sendo que muitos historiadores o apontam até como uma das principais inovações do séc. XX”, afirma João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal.
João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal, salienta que o código de barras “é um veículo de comunicação único neste ecossistema que agrega produção, distribuição e consumo, levando a todas as partes envolvidas nas cadeias de valor a informação de que necessitam sobre produtos numa linguagem globalmente percetível, num suporte internacionalmente interoperável e agnóstico a soluções tecnológicas por ser universal e neutro”.
Para este responsável, na comemoração dos 50 anos do código de barras, “as empresas devem acompanhar a transição digital e, com foco na sustentabilidade e na economia circular, implementar novas tecnologias, incluindo a codificação bidimensional, para garantir que têm acesso a dados de produto de qualidade, relevantes para os seus negócios”.
O código de barras 2D (ou bidimensional) é mais conhecido no mercado como QR Code ou Código QR.
“Cinquenta anos depois, com a evolução tecnológica e a crescente exigência dos consumidores, nomeadamente a nível de sustentabilidade, o código de barras continua a ser uma ferramenta essencial para as cadeias de distribuição e para os consumidores, mas, agora, com recurso a inovação e digitalização, materializando-se na codificação bidimensional”, aponta a GS1.
A GS1 Portugal
A GS1 Portugal – Codipor é a organização responsável pela introdução do código de barras em Portugal há 37 anos. É uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, neutra e multissetorial, declarada entidade de utilidade pública, sendo uma das 116 organizações-membro da GS1 e a entidade autorizada para gerir o Sistema GS1 de Standards Globais em Portugal.
Mais de 6 mil mihões de códigos de barras são lidos diariamente a nível mundial.
A GS1 Portugal conta, atualmente, com cerca de 9.500 empresas associadas. No seu primeiro ano de atividade, a organização contava com 137 empresas associadas, número que aumentou para 2956 dez anos depois.