Os lucros das principais empresas industriais da China contraíram 16,8%, em termos homólogos, no primeiro semestre do ano, para 3,39 mil milhões de yuans (428 milhões de euros), indicam dados oficiais hoje divulgados. Este índice registou, no entanto, uma queda ainda maior, de 18,8%, se for contabilizada apenas a média relativa aos primeiros cinco meses de 2023, já que o declínio dos lucros foi menos acentuado em junho.
No mês passado, os lucros das principais empresas industriais da China caíram 8,3%, em termos homólogos, de acordo com os dados publicados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês.
Na elaboração desta estatística, o gabinete apenas teve em conta as empresas industriais com um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan (cerca de 2,5 milhões de euros).
“Face à contínua recuperação da economia este ano e ao efeito de várias políticas, a produção industrial registou uma constante recuperação e os lucros das empresas têm melhorado”, disse um analista do GNE Sun Xiao, em comunicado. Na elaboração desta estatística, o gabinete apenas teve em conta as empresas industriais com um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros).
Porém, a recuperação da economia perdeu força no segundo trimestre do ano, face à queda das vendas no setor imobiliário, contração das exportações e enfraquecimento do consumo interno. A débil procura resultou na estagnação da inflação, enquanto a queda dos preços ao produtor acelerou.
Esta semana, o Partido Comunista Chinês (PCC) sinalizou mais apoio ao setor imobiliário e comprometeu-se a impulsionar o consumo e resolver o excesso de endividamento dos governos locais.
Porém, a recuperação da economia perdeu força no segundo trimestre do ano, face à queda das vendas no setor imobiliário, contração das exportações e enfraquecimento do consumo interno.
Durante um encontro conduzido pelo secretário-geral do PCC e Presidente do país, Xi Jinping, o Politburo do Partido reconheceu “dificuldades no atual funcionamento” da economia.
Na semana passada, as autoridades chinesas anunciaram que o produto interno bruto (PIB) registou um crescimento homólogo de 6,3%, no segundo trimestre do ano, aquém das expectativas dos analistas, já que o efeito base de comparação, após um ano de bloqueios rigorosos, fazia prever uma taxa superior.
Lusa
