A Cepsa apresentou a sua nova Estratégia 2030, denominada “Positive Motion”, para se converter numa referência na transição energética, em mobilidade e energia sustentável em Espanha e Portugal.
A companhia vai investir nesta década entre 7.000 e 8.000 milhões de euros, dos quais 60% são destinados, a partir de 2023, a negócios sustentáveis.
Na nova estratégia da Cepsa, a descarbonização do transporte rodoviário e a mobilidade do cliente final desempenharão um papel fundamental e a companhia promete vir a ter o “maior ecossistema de mobilidade elétrica em Espanha e Portugal”, desenvolvendo, em conjunto com a Endesa, “a mais ampla rede de carregamento ultrarrápido em estrada, que atingirá um rácio mínimo de um carregador de 150 kW a cada 200 quilómetros nas principais estradas e vias interurbanas”.
A Cepsa aponta ainda que irá também impulsionar a procura de hidrogénio verde no transporte rodoviário, para o qual fixou a meta de estabelecer até 2030 um posto de abastecimento a cada 300 quilómetros, nos corredores que ligam Espanha à Europa.
Os postos de abastecimento da Cepsa, a segunda maior rede de Espanha e Portugal, serão transformados em espaços digitalizados, “que oferecerão uma grande variedade de serviços de ultra-conveniência e restauração, que vão incluir alimentos frescos, parafarmácia, e-commerce, pontos de recolha de encomendas e serviço de lavagem sustentável de veículos, bem como soluções multi-energia para o abastecimento em estrada”.
Descarbonização de clientes industriais
O segundo grande ecossistema da nova estratégia da Cepsa centrar-se-á na aceleração da descarbonização dos clientes industriais, do transporte aéreo e marítimo, bem como da própria companhia, através da produção de moléculas verdes, principalmente hidrogénio renovável e biocombustíveis.
A Cepsa refere que pretende liderar em 2030 a produção de hidrogénio verde em Espanha e Portugal, com uma capacidade de 2 GW. “Desta forma, tornar-se-á uma referência na importação e exportação desta energia para o continente europeu, África e Médio Oriente, graças à localização privilegiada das suas instalações na Península Ibérica”, sublinha a empresa.
“Iniciamos hoje uma ambiciosa viagem para transformar a nossa companhia e ser um motor chave e facilitador da transição energética. A Cepsa é suficientemente pequena para se mover rapidamente e em simultâneo, suficientemente grande para ser um líder na criação de uma economia mais verde, mais justa e mais sustentável”, afirma Maarten Wetselaar, administrador-delegado da Cepsa.
“Vamos fazer parcerias com os nossos clientes para desenvolver soluções de descarbonização para as suas necessidades energéticas e, claro, também abordaremos a nossa própria pegada de carbono. As moléculas verdes são essenciais para a descarbonização de setores complexos, como o transporte pesado, a aviação e o tráfego marítimo”, indica a empresa.
“Não há dúvida de que estamos a atravessar tempos incertos, com a guerra na Ucrânia a perturbar a vida de milhões de pessoas e a desestabilizar os mercados globais de energia. No entanto, a estratégia que hoje apresentamos é um plano a longo prazo que reflete a oportunidade histórica que Espanha e as suas empresas energéticas têm de se tornar actores-chave na promoção e produção de energias limpas. Isto ajudará a reforçar a segurança e a independência energética da Europa, e estou confiante de que a Cepsa pode assumir um papel de liderança neste processo”, conclui Maarten Wetselaar.