Carla Rebelo, 51 anos, é mais um dos casos de mulheres portuguesas que lideram filiais de multinacionais e acabam por ser convidadas para exercer cargos internacionais, como prova do seu mérito e valor profissional. A executiva, que foi diretora-geral da Adecco em Portugal, entre 2015 e 2022, foi a primeira portuguesa a assumir um cargo internacional na multinacional e hoje gere a área de Recrutamento Permanente em 48 países. Está presente na lista das 50 Mais Poderosas da Forbes Portugal desde a primeira edição, em 2023. No ranking de 2025 ficou colocada na 13º posição, com um total de 80 pontos, em 100, uma subida face à lista do ano anterior (conheça em baixo a metodologia utilizada no estudo).
Licenciada em Contabilidade e Controlo Financeiro, no ISCAL, tem ainda um doutoramento em Gestão, realizado na Universidade de Évora, com foco na Ciências da Decisão, e acumula várias pós-graduações, nomeadamente em Neurociências e Comportamento, em Black Belt Lean Six Sigma e é Internacional Certified Coach pela ICC. Com mais de 30 anos de carreira, tem já vários anos de experiência internacional, quatro na Holanda e outros tantos no Brasil, estando no setor da consultoria de Recursos Humanos há cerca de duas décadas.
Carla Rebelo é diretora-mundial de Recrutamento Permanente da Adecco desde 2022. Está novamente colocada na lista das 50 mulheres portuguesas Mais Poderosas nos Negócios, ocupando o 13º lugar do ranking de 2025.
Carla Rebelo iniciou a sua carreira em 1991, também numa multinacional, a Nestlé Waters, chegando, ainda muito nova, a chefe da área de contabilidade. Foi ainda CFO da Randstad Portugal, diretora financeira na Deloitte, e finance manager da Asko Nobel, antes de iniciar a sua carreira internacional. Ainda na Randstad, passou pelos Países Baixos, como senior group controller, cargo que ocupava na sede, em Amesterdão. Fora de fronteiras, esteve ainda quatro anos no Brasil, como diretora geral da Kelly Services Brasil e da HAYS Brasil. Regressou a Portugal para assumir a função de diretora-geral da Adecco em 2015, cargo que manteve seis anos, até ser convidada para a posição atual, de diretora-mundial de Recrutamento Permanente da multinacional.
Metodologia do ranking as 50 Mulheres Mais Poderosas nos Negócios
O ranking das mulheres portuguesas com mais poder nos negócios, dentro e fora de fronteiras, é elaborado com base numa avaliação de centenas de empresas das quais são retirados mais os nomes de CEO, diretoras-gerais, administradoras, acionistas e empreendedoras. A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final. No caso de empate, foram atribuídos meios pontos, ou subindo ou descendo em comparação com as pares.
A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final.
A avaliação é feita com base em cinco critérios, pontuados de zero a 20: Fortuna, pessoal ou familiar; Poder de Decisão – se é CEO, presidente do Conselho de Administração, administradora ou acionista -; Poder de Influência, ou seja a sua projeção fora da empresa, seja em programas de responsabilidade social e cívica em que se envolve, seja associações em que participa, artigos que escreve e participação ativa nas redes sociais (sobretudo Linkedin); Dimensão do negócio – se são grandes negócios internacionais, em que países estão presentes, qual a área geográfica de ação; e, por fim, pelo seu Empreendedorismo, se apenas fez carreira numa área, ou se envolveu na criação de empresas.