Em 2022, a carga fiscal aumentou 14,9% em termos nominais, atingindo 87,1 mil milhões de euros, o que correspondeu a 36,4% do PIB (35,3% no ano anterior), revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Relativamente a 2021, o aumento foi de 11,3 mil milhões de euros.
A receita com impostos diretos aumentou 24,1%, refletindo sobretudo a evolução da receita do Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares (IRS), que cresceu 12,8%.
As contribuições sociais efetivas tiveram um crescimento de 10,2%, refletindo, nomeadamente, o crescimento do emprego remunerado, as atualizações salariais e a subida do salário mínimo.
Quanto à receita do Imposto sobre o Rendimento das pessoas Coletivas (IRC), esta cresceu 59,6%, beneficiando do comportamento mais favorável da economia portuguesa em 2022.
Os impostos indiretos cresceram 12,2%, tendo a receita com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) subido 18,1%, (após um aumento de 13,7% em 2021), destacando-se ainda o crescimento da receita com o Imposto Municipal sobre as Transmissões onerosas de imóveis (+26,3%). Registaram-se também acréscimos nas receitas com o Imposto Sobre o Tabaco (+8,4%), com o Imposto de Selo (+6,6%) e com o Imposto Sobre Veículos (+5,3%).
O Imposto Sobre produtos Petrolíferos e energéticos foi o único dos principais impostos a ver a sua receita diminuir (-21,3%) como consequência das medidas implementadas pelo Governo de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis.