Cândida Rocha e Silva, a ilustre banqueira do Norte

A acionista e ainda presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa, Maria Cândida Rocha e Silva, foi a primeira mulher corretora oficial da Bolsa portuguesa, em 1981. Hoje é uma referência na área da banca nacional: a gestora é um exemplo de resistência para muitas executivas na área financeira e não só. Em maio…
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Com um total de 71 pontos alcançados na avaliação da Forbes Portugal, a acionista e presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa está na 29º posição do ranking das portuguesas Mais Poderosas nos Negócios.
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A acionista e ainda presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa, Maria Cândida Rocha e Silva, foi a primeira mulher corretora oficial da Bolsa portuguesa, em 1981. Hoje é uma referência na área da banca nacional: a gestora é um exemplo de resistência para muitas executivas na área financeira e não só. Em maio último recebeu o Prémio My Forbes da revista Forbes Portugal, um reconhecimento pela sua já longa carreira profissional, durante o evento Forbes Women Summit, que decorreu no SUD, em Lisboa. A Forbes coloca-a novamente, pelo terceiro ano consecutivo, na lista das portuguesas Mais Poderosas nos Negócios, ocupando a 29º posição, com uma avaliação total de 71 pontos (ver em baixo metodologia usada nas avaliações).

Maria Cândida Rocha e Silva, 81 anos, é fundadora e presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa. Está, mais uma vez, presente na lista das mulheres Mais Poderosas nos Negócios.

Nasceu em Vila do Conde, há 81 anos, e iniciou a sua carreira na área dos mercados de capitais, num pequeno negócio que o pai adquirira numa companhia que negociava divisas, fundada no Porto em 1833, o embrião daquilo que é hoje o Banco Carregosa. Manoel Rocha e Silva, seu pai, adquiriu uma participação financeira na L.J Carregosa & Companhia, fundada em 1833, no Porto, por Lourenço Joaquim Carregosa. O negócio evoluiu de forma consistente até se tornar numa conceituada instituição financeira especializada em banca privada.

Maria Cândida Rocha e Silva foi homenageada pela Forbes Portugal. Foto/DR

Licenciada em Filologia Românica, Maria Cândida Rocha e Silva foi a primeira corretora oficial da Bolsa de Valores Portuguesa, tendo iniciado a atividade de corretagem em 1981. Foram vários os prémios e distinções que recebeu ao longo da sua carreira: em 2020, por exemplo, foi nomeada, pela União Europeia, como embaixadora da Rede Europeia de Empreendedorismo Feminino.

Metodologia do ranking as 50 Mulheres Mais Poderosas nos Negócios

 O ranking das mulheres portuguesas com mais poder nos negócios, dentro e fora de fronteiras, é elaborado com base numa avaliação de centenas de empresas das quais são retirados mais os nomes de CEO, diretoras-gerais, administradoras, acionistas e empreendedoras. A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final. No caso de empate, foram atribuídos meios pontos, ou subindo ou descendo em comparação com as pares.

A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final.

A avaliação é feita com base em cinco critérios, pontuados de zero a 20: Fortuna, pessoal ou familiar; Poder de Decisão – se é CEO, presidente do Conselho de Administração, administradora ou acionista -; Poder de Influência, ou seja a sua projeção fora da empresa, seja em programas de responsabilidade social e cívica em que se envolve, seja associações em que participa, artigos que escreve e participação ativa nas redes sociais (sobretudo Linkedin); Dimensão do negócio – se são grandes negócios internacionais, em que países estão presentes, qual a área geográfica de ação;  e, por fim, pelo seu Empreendedorismo, se apenas fez carreira numa área, ou se envolveu na criação de empresas.

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