A SAP Concur, insígnia da SAP para gestão de viagens e despesas corporativas, realizou, através da Wakefield Research, o estudo Global Business Travel Survey 2022 com o objetivo de conhecer quais as tendências pós-pandemia dos viajantes de negócio.
O estudo demonstra que, atualmente, “os viajantes espelham de forma inequívoca o desejo de as viagens de negócio serem redistribuídas de forma mais uniforme, sendo também a segurança das mesmas um fator importante, assim como possíveis benefícios que possam tornar as suas viagens mais agradáveis. Constatou-se também o crescente interesse em viagens mais sustentáveis – a existência de políticas que os ajude a viajar melhor – e a importância de alinhar as mesmas com os seus valores ambientais”, aponta a SAP.
A pandemia mudou a forma como os viajantes veem as suas viagens de negócios, realça a SAP Concur.
De acordo com a análise, quase dois em cada cinco viajantes de negócios (39%) quer viajar mais, em oposição aos 22% que quer viajar menos. No entanto, adianta o estudo, os que viajam mais do que gostariam são aqueles mais predispostos a procurar outras oportunidades de trabalho caso a carga de deslocações não seja aliviada.
“Três em cada 10 viajantes de negócios, que estão atualmente a viajar mais do que gostariam (30%), dizem que vão procurar uma nova posição se a agenda não mudar. Por oposição, aqueles que viajam menos do que gostariam referem tomar medidas menos drásticas – apenas 20% diz procurar uma nova oportunidade caso não haja mudanças”, indica o relatório.
“Mais do que nunca é importante que as empresas encontrem o equilíbrio ideal entre o número de viagens versus o número de colaboradores disponíveis”, apontam os autores do estudo.
Mais viagens, só em troca de mais benefícios
“Contratar novos talentos para preencher os cargos vagos não será tarefa fácil”, refere a SAP Concur que desenvolve esta afirmação: “Atentos ao mercado, os viajantes não estão dispostos, ao dia de hoje, a aceitar um cargo que exija mais viagens sem que aportem benefícios adicionais: 92% afirma aceitar nova oportunidade, mas mediante um upgrade de salário, benefícios ou viagens com maior flexibilidade”.
Quase todos os colaboradores estão dispostos a viajar, mas a forma como as empresas estão a gerir os processos poderá não ser a mais benéfica.
Ainda segundo este estudo, 59% gostaria de um salário e/ou bónus maior para aceitar um cargo que exija mais viagens do que aquelas que fazem atualmente, outros referem ponderar mudar mediante benefícios que tornem o seu trabalho mais agradável – férias adicionais (39%) e trabalho remoto (37%).
Saúde e segurança preocupam
As preocupações com a saúde e a segurança associadas à doença da COVID-19 são vistas como a principal ameaça às viagens de negócios – 34% – mais até que o aumento dos preços do petróleo e da inflação com 14%.
As preocupações com a COVID-19 são ainda maiores na região Ásia-Pacífico (APAC), onde quase metade dos viajantes de negócios (47%) a indicam como a principal ameaça às viagens, em comparação com os 35% nas Américas e 23% na Europa.
Flexibilidade, segurança e critérios de saúde em cima da mesa no momento da tomada de decisão para viajar em trabalho
A maioria dos viajantes de negócios não está disposta a correr riscos desnecessários e que possam comprometer o seu bem-estar. Mais de metade (51%) recusariam uma viagem atribuída pela sua empresa caso pudesse advir da mesma problemas de saúde relacionados ao COVID-19 – APAC com 60%, 52% nas Américas e 42% na Europa.
Aumentar sustentabilidade
De acordo com esta análise, 94% dos viajantes procuram tomar as suas próprias medidas de forma a garantir, nos próximos 12 meses, viagens mais verdes. “Nas regiões APAC e Américas – onde a sustentabilidade tem sido menos enfatizada do que na Europa – demonstram preocupação de forma a estarem mais alinhados com os seus pares europeus: 54% das Américas e 53% da APAC estão mais predispostos a tomar medidas relacionadas com a hospedagem, em prol da sustentabilidade, do que os da Europa (45%). Já na APAC (59%) estão mais propensos a fazer mudanças associadas ao transporte do que os viajantes europeus (52%) e os 49% nas américas”.
“O Global Business Travel Survey 2022 espelha a necessidade de as empresas reconsiderarem a forma como as viagens são distribuídas, assim como corresponderem ao desejo, dos viajantes, para uma flexibilidade mais contínua não só como forma de garantir a sua saúde e segurança, mas também para estas não perderem a sua capacidade de atração e retenção de talentos chave”, conclui a SAP Concur.