A equipa da rede social de consumidores do Portal da Queixa fez um estudo em que indagou os consumidores portugueses se têm por hábito esperar pelas promoções da Black Friday para realizar algumas das suas compras: 50,80% respondeu que “sim” e 49,20% respondeu que “não”.
À pergunta “Em 2020 realizou compras no âmbito das promoções de Black Friday?”, apenas 30,40% respondeu que “sim”, e 69,60% respondeu que “não”.
Assim, sendo e tendo por base as compras feitas em 2020, o que poderão os clientes portugueses comprar nesta “Black Friday”?
Categorias com mais compras
Relativamente às categorias que registaram (na Black Friday de 2020), o maior volume de compras, segundo a amostra inquirida, a liderança vai para o setor da Tecnologia (telemóveis, computadores, televisões) com 58,60%. Em segundo lugar, está a categoria Moda (roupa e acessórios) com 51,60%.
A terceira categoria que registou o maior consumo há um ano foi a referente a Livros/Música/Papelaria com 23%. De acordo com o Portal da Queixa, seguiu-se a área da Beleza e Cuidados Pessoais, com 15,60%; Produtos Infantis (11,70%); Alimentação e Bebidas (8,60%); Cuidados Animais e “Outros” em exaequo (6,60%); Mobília e Decoração (5,50%), Viagens (4,70%) e Bilhetes para eventos (1,20%).
Forma das compras serem feitas
Sobre a forma como as compras foram realizadas, os inquiridos responderam: Loja Física (37,90%); Loja Online (46,10%) e em ambas (16%).
Já no que se refere ao investimento, 28,10% disse ter gasto até 100€; 35,50% gastou entre 101€ – 250€ e 19,90% admitiu ter gastado entre 251€ – 500€. Já 6,60% dos inquiridos fizerem compras entre os valores 501€ – 750€ e 9,80% dos consumidores revelou ter feito compra acima dos 750€.
À pergunta “Como avalia a sua experiência com as compras durante a Black Friday?” — entre a pontuação de 1 a 10 —, a maioria dos consumidores inquiridos atribuiu entre os 5 e os 8 pontos, sendo que, a percentagem mais alta (21,90% do universo de inquiridos) atribuiu a classificação de “8” à experiência de compra.
Mas ainda faz sentido?
Apesar de tudo e de acordo com o inquérito “Estudo Black Friday 2021”, 74,50% dos consumidores é da opinião de que a Black Friday “já não faz sentido”, tendo em conta as campanhas promocionais efetuadas ao longo de todo o ano. No entanto, para 25,50% dos portugueses, o evento ainda continua a fazer sentido.
“É verdade que a maioria dos portugueses compra quando há promoções, mas também é verdade que há marcas com artigos com descontos o ano inteiro. Esta prática instalada veio reduzir o impacto e interesse em eventos promocionais sazonais como a Black Friday”, afirma esta análise
E se os consumidores aproveitam a ocasião para fazer as compras de Natal, o estudo evidenciou que não, com 66,10% das pessoas a responder que não considera a Black Friday uma oportunidade para fazer compras de Natal. Apenas 33,90% respondeu que “sim”.
“De acordo com os resultados do estudo realizado, interpretámos que o fenómeno Black Friday reduziu o seu impacto e interesse junto dos consumidores, consequência direta de todos os momentos de promoções que acontecem ao longo do ano”, analisa Sónia Lage Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa by Consumers Trust.
A responsável por esta plataforma salienta que “os dados relativos às compras no último ano, dão-nos ainda outra perspetiva: apesar da rápida adaptação às compras online – fruto dos condicionamentos vividos nos últimos tempos -, este não foi, de todo, o momento para comprar. Verificámos também que, ao contrário do que muitas vezes ouvimos, para o consumidor, esta não é vista como uma oportunidade para antecipar as suas compras de Natal”.
O inquérito para o “Estudo Black Friday 2021” foi realizado online e abrangeu um universo de 2000 inquiridos, com idades compreendidas entre os 18 e maiores de 65 anos. A maioria dos consumidores que participou no estudo é do género masculino (61,40%). Do género feminino (37,40%); “Outro” (0,40%) e “Prefiro não dizer” (0,80%).