O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a falta de progressos na transição energética e na reflorestação são “a maior ameaça à existência da humanidade”.
Na sua intervenção na terceira sessão da cimeira do G20 – centrada no desenvolvimento sustentável – Biden pediu à comunidade internacional mais compromissos de financiamento para a transição energética e o perdão da dívida em troca de compromissos sobre projetos sustentáveis e de descarbonização nos países pobres.
“Enquanto líderes, precisamos de encontrar formas de o dinheiro fluir para estas economias (de baixos rendimentos)”, argumentou o Presidente norte-americano, neste segundo dia de reuniões de chefes de Estado e de Governo presididas pelo Presidente brasileiro, Lula da Silva.
Biden lembrou que é fundamental combater a desflorestação, um flagelo que ele mesmo constatou há dois dias numa viagem a Manaus, no coração da Amazónia.
Hoje, a Casa Branca anunciou que os EUA vão atribuir 325 milhões de dólares (cerca de 300 milhões de euros) ao Fundo de Investimento Climático do Banco Mundial, um instrumento de financiamento para promover a descarbonização dos países em desenvolvimento e de baixo rendimento.
De acordo com responsáveis norte-americanos, estes fundos já foram depositados no Banco Mundial e esta ação não está sujeita à possibilidade de a próxima administração do Presidente eleito Donald Trump a suspender.
“É um instrumento que também existiu na anterior administração e tem servido para mobilizar capital através dos bancos multilaterais de desenvolvimento e para o desenvolvimento de energias limpas, pelo que é durável e o capital é depositado numa instituição com um bom historial de financiamento”, explicou um funcionário do Governo dos EUA.
“Mesmo que o futuro Governo federal (liderado por Trump) se retire, os governos locais podem tirar partido desta mudança de paradigma económico e tecnológico. Face a esta crise climática, é muito importante ter um Governo federal que não negue a premissa fundamental desta estratégia (a mudança para as tecnologias e energias verdes)”, acrescentou o responsável da Casa Branca.
Lusa