A digressão mundial “Renaissance” de Beyoncé – que começou com duas noites em Estocolmo no mês passado – pode ter contribuído para o aumento da taxa de inflação na Suécia em maio, segundo um economista do Danske Bank, depois de a digressão ter provocado um aumento dos preços dos hotéis, restaurantes e atividades recreativas.
No seu relatório sobre a inflação, o Governo sueco refere que a taxa de inflação foi afetada pelos preços dos hotéis e restaurantes, que aumentaram 3,3% em relação ao mês anterior, e pelos preços dos “serviços recreativos”, que incluem os bilhetes para os concertos.
Michael Grahn, economista-chefe do Danske Bank, disse que a digressão de Beyoncé “provavelmente” acrescentou entre 0,2 e 0,3 pontos percentuais à taxa de inflação da Suécia, que, em função disso, poderia ter tido uma queda maior do que teve, já que passou de 10,5% em abril para 9,7% em maio (sem o efeito Beyoncé poderia ter ficado em 9,4%).
Grahn – que afirmou que o cenário era “muito raro” – disse ao Wall Street Journal que o aumento dos preços foi provavelmente afetado pelos fãs de Beyoncé, que fizeram subir os preços dos hotéis em Estocolmo.
“Beyoncé é a responsável pela surpresa extra deste mês”, disse Grahn ao Financial Times, acrescentando: “É bastante surpreendente para um único evento. Nunca tínhamos visto isto antes”.
Espera-se que os pontos percentuais acrescidos sejam “revertidos” em junho, quando os preços dos hotéis e dos bilhetes “voltarem ao normal”, acrescentou Grahn.
Beyoncé atuou em ambos os espetáculos de Estocolmo perante uma audiência esgotada de 46.000 pessoas, incluindo muitas que vieram de avião de todo o mundo.
Nos EUA, por exemplo, a Ticketmaster avisou em fevereiro que a procura de bilhetes para a digressão “Renaissance” nas cidades do “Grupo A” – incluindo Atlanta, Chicago, Houston, Las Vegas, Toronto e Washington D.C. – excedia em 800% o número de bilhetes disponíveis.
US$ 2,4 mil milhões. É o valor que a Forbes estima que a digressão de Beyoncé possa gerar em receitas.
Beyoncé tem um património líquido de 540 milhões de dólares, de acordo com as nossas estimativas mais recentes.
Beyoncé – que ganhou um recorde de 32 prémios Grammy – anunciou a sua muito aguardada digressão mundial “Renaissance” para coincidir com o lançamento do seu álbum Renaissance, que na estreia ocupou o primeiro lugar na Billboard 200 em agosto passado. A digressão – a primeira de Beyoncé desde 2018 – teve início em maio em Estocolmo, antes de chegar posteriormente a outras cidades europeias. A digressão iniciará a sua etapa norte-americana em julho. “Renaissance” é a primeira digressão a solo de Beyoncé desde 2016, quando arrecadou 256 milhões de dólares com a “The Formation World Tour”.
Ty Roush/Forbes Internacional