Segundo o presidente executivo do Millennium/Banco Comercial Português, este banco reestruturou 6.500 créditos, dos quais 650 ao abrigo do decreto-lei que o Governo criou para forçar os bancos a negociar créditos de famílias em dificuldades.
Sobre como faz a reestruturação dos créditos, Miguel Maya disse, em conferência de imprensa, que o banco avalia cada caso para ver a melhor solução. Uma das modalidades, exemplificou, passa por “ajustar o serviço da dívida à capacidade financeira do cliente atual”, diferindo parte dos encargos para a frente, quando houver maior normalização das taxas de juro.
“Nem em todas as situações é possível chegar a acordo, e há situações muito difíceis, mas na larga maioria tem sido possível encontrar soluções e equilibradas”, afirmou.
Sobre o futuro, como antevê o aumento do número de famílias e empresas em dificuldades, Maya disse que “do ponto de vista macroeconómico não há um problema com empresas ou particulares”, mas que, já analisando cada caso, há clientes com dificuldades e que é com esses que tenta evitar incumprimentos dos empréstimos.
O BCP divulgou hoje lucros de 215 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 90% face ao resultado do primeiro trimestre de 2022.
Lusa
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