Quando se trata de uma empresa como a Heesen, um fabricante holandês de super iates de características únicas que podiam figurar perfeitamente num filme de James Bond, aceitar um grande desafio de vez em quando não afecta em nada os seus resultados.
O produto mais inovador saído dos estaleiros desta empresa data de 1988, quando o magnata americano da indústria automóvel, John Staluppi, pediu a Frans Heesen, fundador da Heesen, que construísse o iate mais rápido do mundo. Staluppi pagaria um bónus superior a 170 mil euros por cada nó acima da velocidade máxima atingida até então. E deduzia 170 mil euros por cada nó abaixo. O luxuoso Octopussy de Staluppi, com os seus 42 metros, atingia mais de 53 nós.
Uma asa submersa aproveita o poder das ondas para aumentar o impulso.
Até à data, a Heesen construiu mais de 170 iates por medida, munindo todos eles com uma série de características para um maior conforto, como é o caso das plataformas laterais desdobráveis “para a praia” e dos passadiços flutuantes. De destacar também a tecnologia de ponta, o novo Hull Vane, uma asa submersa que aproveita o poder das ondas para gerar mais impulso. Esta empresa está constantemente a ser posta à prova.
O dono do Kometa, um iate com 70 metros e um casco que permite atingir grandes velocidades, mostrado pela primeira vez no Salão do Iate do Mónaco, decidiu – numa altura em que a construção já ia avançada – que queria uma potência de 30 nós e não de 27. Era demasiado tarde para alterar o que já estava projectado, pelo que Heesen puxou da sua criatividade e equipou o Kometa com um terceiro motor, a jacto. Bem-vindo a bordo Mr. Bond.