As expectativas eram altas e mesmo assim a fasquia foi ultrapassada. No primeiro fim-de-semana após a estreia, o filme Barbie, realizado por Greta Gerwig, pela Warner, em parceria com a Mattel, arrecadou cerca de 150 milhões de dólares (cerca de 136 milhões de euros) de receitas em bilheteira, só no mercado norte-americano, quando as estimativas apontavam para os 110 milhões de dólares (cerca de 99,2 milhões de euros). Globalmente, os analistas apontam para um resultado recorde, atingindo um total de 377 mil milhões de dólares (cerca de 340 milhões de euros) só entre quinta-feira e este último domingo. Este valor representa um marco histórico, pois é primeira vez um filme realizado por uma mulher estreia com estes valores de vendas de bilhetes.
Além das receitas de bilheteira, esta «Barbiemania» vai impulsionar ainda os lucros da Mattel, a empresa detentora dos direitos de licenciamento de todo o merchandise que envolve a boneca mais famosa do mundo. Assim, os especialistas preveem que os lucros da Mattel possam superar os mil milhões de dólares (cerca de 903 milhões de euros) à boleia do filme de Greta Gerwig. O modelo de licenciamento permite que muitas empresas, dos mais diversos segmentos, desde a roupa à alimentação, possam usar a marca Barbie para desenvolver produtos promocionais ligados à febre cor-de-rosa.
Filme foi também o mais visto em Portugal
Este filme foi também o mais visto em Portugal no fim de semana de estreia, com 189.709 espectadores e mais de 1,1 milhões de euros de bilheteira, revelou o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA). Entre quinta-feira e domingo, o período considerado como fim de semana de estreia, a comédia de Greta Gerwig foi exibida em 177 salas e contabilizou, em média, 109 espectadores por sessão.
Em termos de receita bruta de bilheteira, o filme somou 1,1 milhões de euros, uma fasquia que este ano só tinha sido ultrapassada por “Velocidade Furiosa X”, de Louis Leterrier, com 1,3 milhões de euros e 213.501 espectadores no mesmo período de estreia. De acordo com dados do ICA, são poucos os filmes que, nos últimos cinco anos, ultrapassaram a barreira de um milhão de euros no fim de semana de estreia comercial.
Em dezembro de 2022, aconteceu com “Avatar: O caminho da água”, de James Cameron, com 1,2 milhões de euros e 174.024 bilhetes emitidos, e no final de 2021 com “Homem-Aranha: Sem volta a casa”, de Jon Watts, com 1,2 milhões de euros e 201.360 espectadores.
As estatísticas de cinema caíram a pique em 2020 por causa da pandemia da covid-19, que obrigou ao encerramento temporário das salas de cinema, pelo que é preciso recuar a 2019 para encontrar um fim de semana de estreia comercial com valores acima de um milhão de euros de bilheteira.
Em 2019, o valor foi atingido em abril com “Vingadores: Endgame”, de Anthony Russo e Joe Russo, com 1,5 milhões de euros e 257.079 espectadores, e em julho com a nova versão de “O Rei Leão”, de Jon Favreau, com 1,3 milhões de euros e 236.010 espectadores.
O filme, produzido pela Warner e pela Mattel, a empresa que comercializa a boneca Barbie, teve um orçamento de 130 milhões de euros.
Protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, o filme foi produzido pela Warner e pela Mattel, a empresa que comercializa a boneca Barbie, com um orçamento de 145 milhões de dólares (130 milhões de euros).
“Barbie”, que o jornal New York Times descreve como “um manifesto feminista embrulhado em papel de pastilha elástica rosa-choque”, representa também um recorde para a própria realizadora, atriz e argumentista norte-americana, autora de filmes como “Mulherzinhas” (2019) e “Lady Bird” (2017).
“Barbie” teve estreia a 20 de julho, na mesma semana em que também se estreou, globalmente, o filme “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, radicalmente distintos entre si, mas que motivou uma campanha de ‘marketing’ de distribuição e exibição intitulada “Barbenheimer”.
Em Portugal, o filme de Christopher Nolan, que aborda a história do cientista J. Robert Oppenheimer na criação da bomba atómica, foi o segundo mais visto no fim de semana de estreia com 80.939 espectadores e cerca de 579 mil euros de receita de bilheteira.
(Com Lusa)