O Banco de Portugal (BdP) concluiu que a cobertura da rede de caixas automáticos e agências bancárias em 2022 “continua a ser quase integral”, mas alerta que 30 freguesias poderão ser afetadas no caso de uma eventual contração da rede.
De acordo com o estudo que o banco central divulgou sobre a cobertura da rede de acesso a numerário, as “percentagens da população com pontos de acesso a menos de 5, 10 e 15 quilómetros da freguesia de residência praticamente não se alteraram em relação aos estudos anteriores, comparando favoravelmente com os demais países da área do euro”.
Com base nas contas do BdP, no ano passado, 99% da população dispunha de um ponto de acesso a notas a menos de cinco quilómetros, em linha reta, da freguesia de residência (contra os 98% em 2020), 99,9% a menos de 10 quilómetros (99,8% em 2020) e 99,99% a menos de 15 quilómetros (99,98% em 2020).
No que se refere à maior distância, em linha reta, existente em todo o país, entre o extremo de uma freguesia e o ponto de acesso mais próximo continuou a ser de 17 quilómetros.
No entanto, nem tudo são dados positivos. Isto porque, de acordo com a instituição liderada por Mário Centeno, “apesar da ampla cobertura de caixas automáticos e balcões, o estudo revela que 30 das 3092 freguesias poderão ser afetadas no caso de uma eventual contração da rede, por distarem mais de 10 quilómetros do ponto de acesso mais próximo e mais de 15 quilómetros do segundo ponto de acesso mais próximo”. Neste cenário, as 30 freguesias que estão identificadas pertenciam aos distritos de Beja (3), Bragança (12), Faro (2), Guarda (4), Viana do Castelo (1) e Vila Real (8), onde residiam, ao todo, cerca de nove mil pessoas. Ainda assim, o BdP conclui que “a situação atual não aparenta, contudo, ter-se deteriorado relativamente a 2020”.
O Banco de Portugal reitera que atribui “grande importância ao acesso da população a pontos de distribuição de notas e moedas, preservando a inclusão financeira e a liberdade de escolha entre instrumentos de pagamento”. Por isso, assume que “continuará a acompanhar a evolução do mercado e a estudar medidas que permitam responder aos desafios identificados no estudo”.
Pode ler o estudo na integra aqui: